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    Me mexo na cama quando um feixe de luz invade meus olhos

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    Me mexo na cama quando um feixe de luz invade meus olhos. Minha cabeça está pesada, parece que um terremoto passou por mim. Engulo em seco e sinto minha garganta doer. Assim que abro meus olhos, percebo minha caixinha de música em cima da mesa de cabeceira. Meu coração se alivia e eu logo a pego, apertando-a contra meu peito. Estava com tanto medo de ter perdido a única lembrança que minha mãe me deixou.

    A coloco no lugar novamente e faço um imenso esforço para erguer meu corpo e sentar na beirada da cama. Quando meus pés pisam no chão frio, meu corpo todo se arrepia e um espirro alto escapa de mim.

    — Como imaginei... — Dante aparece usando um avental amarrado em sua cintura. Seu semblante é de cansaço, mas parece mais animado que o habitual. Ele se aproxima de mim e coloca sua mão fria sobre minha testa. — A febre não voltou, mas você com certeza está com um resfriado.

    Quando ele diz isso, espirro mais uma vez, sentindo todo meu peito doer. Ele me entrega um copo com água e deixa um comprimido branco em minhas mãos.

    — Acho que não preciso de remédio... — começo a dizer, mas ele balança a cabeça.

    — Eu tenho certeza que precisa. Esse resfriado pode se tornar uma gripe forte e você pode acabar indo para o hospital. Você quer isso? — ele põe a mão na cintura e quase dou uma gargalhada.

    Ele está parecendo aquela mãe brava com o filho quando ele faz alguma coisa errada. Nunca imaginei que iria ver Dante, o mal-educado, se comportando dessa maneira. Isso é realmente algo novo.

    Mas depois do que aconteceu ontem, a maioria das coisas ruins que pensava sobre Dante se dissipou. Ele cuidou de mim mesmo eu implorando para que fosse embora. Ele continuou aqui, e mesmo isso parecendo pouco, ninguém nunca fez isso por mim. Ele pode ser chato, arrogante, convencido e idiota, mas no fundo sei que é uma pessoa boa.

    Muito mais do que ele demonstra ser.

    — Claro que não... — sussurro.

    — Então, pistache. Tome o remédio e pare de ser teimosa.

    Olho para o comprimido e sem pensar duas vezes o enfio na boca, tomando um gole de água em seguida.

    Estou doente, e sei o motivo. Ter tomado toda aquela chuva semana passada contribuiu muito para que isso acontecesse. E ficar doente agora não estava nos meus planos. Preciso estar forte para o que está por vir.

    Com toda certeza do mundo, depois do que aconteceu ontem, Carol vai me mandar embora daqui e me demitir. Sei que não foi culpa minha aquela lacraia ter feito todo aquele escândalo e jogado vinho em mim, mas estraguei a festa. Foi por minha culpa que tudo deu errado. E quem vai sofrer as consequências é a Carol.

    Por isso vou entendê-la se ela quiser me mandar embora.

    — O que foi? Você parece ter ido para outro mundo agora. Está sentindo mais alguma coisa? — Dante pergunta se agachando para ficar mais perto de mim.

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