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    Estou com sangue nos olhos

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    Estou com sangue nos olhos. A fúria invade cada órgão do meu corpo e a única coisa que tenho em mente é matá-lo. Matar Hunter e toda a sua gangue. É o que mais quero e tenho certeza de que o resto dos Knights também quer o mesmo, já que todos os integrantes na van estão com suas armas em punho e atentos a qualquer coisa que acontecer.

    Tatto foi o único que preferiu vim sozinho. Sei que parece impossível, mas ele está ainda mais nervoso que eu. Nunca o vi assim antes, mas entendo sua raiva.

    Hunter passou dos limites. E está mais que na hora de colocarmos ele em seu devido lugar. Sem ele nessa cidade, tudo voltará a ser como era antes: uma cidade tranquila e hospitaleira, e não o caos que está.

    — Entenderam o plano, pessoal? — pergunto pela décima vez quando a van para a um metro da mansão de Hunter.

    Dessa vez não vamos agir feito malucos, temos um plano e se depender de mim, ele não vai falhar. Como ainda está cedo, com certeza não vamos encontrar muita gente do bando. Hunter costuma mandar todos fazerem a ronda pela cidade, e apenas alguns ficam com ele na mansão.

    E por isso estamos em vantagem.

    — Bora botar pra foder! — Lagosta, o melhor atirador entre nós, diz.

    Seus olhos castanhos quase saltam para fora quando ele enfia a arma em seu bolso. Ele contrai a mandíbula e abre a porta da van, balançando todo o veículo.

    — Você — aponto para Henrique, o mais velho. — Vai ir com os outros para o fundo da casa. Qualquer sinal suspeito, pode meter bala. Se não receber nosso sinal em cinco minutos, invade a casa e não poupe nenhum deles. Ouviu?

    Ele balança a cabeça e se levanta, levando consigo mais quatro integrantes. Entre eles duas mulheres e dois homens. Quando passam por mim fazem um gesto com a cabeça e eu retribuo.

    O restante olha para mim, incluindo Jade, que guarda uma faca em sua cintura e depois pega o fuzil que deixou no chão.

    — Vocês vão vir comigo. — me levanto, colocando o colete à prova de balas que distribuí para cada um deles.

    Quando saímos da Van, corremos até a entrada da mansão e pulamos o muro, fazendo o mínimo de barulho possível.

    — Me ajuda aqui, Porra! — Jade pede quando senta no topo, olhando para baixo apreensiva.

    Ela nunca conseguiria descer sem se machucar, por isso ponho um dos meus pés na parede, erguendo meu corpo o suficiente para alcançar sua mão. Ela segura firme e consegue descer, quase caindo em cima de mim.

    — Por que o Tatto quis ficar lá fora? — Ela pergunta, passando a mão por sua calça.

    — Ele quer garantir que Hunter não vai tentar fugir.

Borboletas de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora