Capítulo 48 - Provocações ao Entardecer

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Danilo e eu nos separamos rapidamente, mas o estrago já está feito. Sinto uma pontada de satisfação ao ver a expressão de surpresa e indignação no rosto do tio Ben. Ele parece incapaz de articular palavras por um momento, apenas encarando a cena diante dele.

— O que significa isso? — ele pergunta, completamente incrédulo.

Eu me levanto do feno, ignorando a nudez que agora nos expõe a todos. Um sorriso de desprezo brinca nos meus lábios enquanto encaro meu tio.

— Oh, nada demais, tio Ben. Danilo e eu estávamos apenas relembrando os velhos tempos, não é mesmo, Dan Dan? — provoco, mantendo o tom de deboche.

Danilo parece desconfortável, enquanto tio Ben fecha os punhos com força, claramente contendo a raiva.

— Você enlouqueceu, Kyra? O que deu em vocês? Enquanto seu pai e eu estamos trabalhando, vocês estão aqui se comportando como dois adolescentes irresponsáveis! — ele esbraveja, indignado.

Eu o encaro com um sorriso provocador, desfrutando cada segundo da sua reação.

— Relaxa, tio. Não seja tão careta. A fazenda precisa de um pouco mais de diversão. — respondo, mantendo a calma enquanto eu começo a me vestir.

Ele aperta os punhos com mais força, claramente lutando contra a vontade de explodir. Danilo permanece em silêncio, visivelmente desconfortável com toda a situação.

— Vou voltar ao trabalho... — Danilo se afasta e se apressa para se vestir. Então ele sai do celeiro, deixando um rastro de desconforto no ar.

Observo sua saída e solto uma risada, provocando ainda mais a ira do meu tio. Ele se aproxima de mim com passos pesados e aperta meu braço com força.

— Qual é a sua, garota? Está querendo me provocar? — ele diz, me olhando com raiva.

Eu rio, me soltando do aperto de sua mão com desdém.

— Ah, tio, você sempre tão certinho, tão controlado. Está na hora de deixar um pouco desse policial sério de lado, não acha? — provoco, me aproximando dele com um sorriso provocador.

— Por que está fazendo isso, hein? O que você ganha com toda essa provocação? — ele pergunta, frustrado.

— Ganho o prazer de ver você perdendo o controle, titio. — respondo, com um brilho malicioso nos olhos.

— Você não brinca comigo, sua desgraçada! — Ele aperta meu pescoço, interrompendo minhas palavras e me empurra contra a parede do celeiro.

— M-Me solta... Está me sufocando... — Eu tento falar, lutando para respirar.

— O que você achou, hein? Que era só me provocar, que eu iria me render aos seus joguinhos? Você está enganada. — Ele rosna, mantendo a pressão em meu pescoço.

Sinto a falta de ar aumentar, enquanto minhas mãos começam a agarrar involuntariamente o pulso dele, tentando aliviar a pressão que me sufoca. Mas, ao mesmo tempo, uma onda de excitação percorre meu corpo, alimentando uma chama proibida dentro de mim.

— A-aperta mais... — sussurro.

— O quê? — Seus olhos se arregalam, surpreso com a minha reação.

— Aperta mais o meu pescocinho, aperta. Mostra esse lado machão que você tem que eu adoro... Aperta mais. — Sorrio, sabendo que estou levando a situação para um território ainda mais perigoso.

Seu aperto afrouxa por alguns segundos, mas logo volta com mais intensidade, privando ainda mais o meu oxigênio. Minhas pernas se enfraquecem, mas o desejo insano que está se formando dentro de mim me impede de desmoronar.

Meu Tio GostosoOnde histórias criam vida. Descubra agora