Sentindo Tommy dar um beijo em sua cabeça, você desviou os olhos dos números. Oferecendo-lhe um sorriso, ele estava ajeitando o chapéu no topo da cabeça. Ele gostava de ficar sentado direito, calçando as luvas de couro. Ele se inclinou novamente para dar um beijo em seus lábios. Pegando a mão dele, você o puxou para mais perto.
"Caramba, vocês dois estão me tirando do meu sanduíche de pasta de peixe." Arthur gritou, com a boca cheia de comida. Continuando a limpar as migalhas de sua camisa.
"Quem come pasta de peixe? A guerra acabou, lembre-se, Arthur." Você brincou, deixando Tommy puxá-la para ficar de pé.
"Nada de errado com isso, (S/n). Não me fez mal nenhum, enquanto crescia." Ele fungou, tomando um gole de seu cantil.
Colocando a chave do escritório em seu bolso, Tommy tirou um cacho solto de sua testa. "Você pode ter certeza de que está trancado, hein?" Sua língua correu pelos lábios: "Tenho uma reunião no pátio, depois encontro você no The Garrison?"
Verificando a hora, no relógio de bolso de Tommy você se encostou nele. "Devo demorar cerca de uma hora, só quero verificar as receitas." Você gesticulou com os olhos na direção de Arthur. Ele estava tomando outro grande gole de sua garrafa.
"Essa é minha garota, ei." Ele refletiu, inclinando-se mais perto de seu ouvido. "Talvez tenha algo esperando por você em casa."
"Sério?" Você perguntou, com o rosto iluminado. "Como o quê?"
Sorrindo para si mesmo, ele piscou enquanto se afastava. "Certifique-se de levar (S/n) até o pub e reduzir a bebida, ei." Ele avisou Arthur, recebendo um resmungo em resposta.
Ao ver seu marido partir, você sentiu a habitual pontada de preocupação. Além disso, você sabia que isso só aumentaria quando chegasse ao The Garrison. A maldita garçonete estava em cima dele, como uma mosca na merda. Você podia ver através dela. Ela o queria. Ela praticamente babou quando olhou para ele.
“Isso é um não, então?” Você ouviu Arthur perguntar, claramente esperando por uma resposta.
"Hum?" Você perguntou, saindo de seu devaneio.
"Você não quer um gole?" Arthur riu sozinho, vendo você balançar a cabeça voltando ao trabalho.
Chegando ao pub mais de uma hora depois, você podia ouvir o resto da família aconchegado. Grace não há onde ser vista. Bom. Havia um limite para ela cobiçando seu marido, você aceitaria. Arthur abriu a porta para você. A sala inteira ficou em silêncio.
Polly e Tommy olhando para você, com culpa estampada no rosto.
“Não parem de fofocar só porque chegamos.” Você brincou, se perguntando se eles estavam discutindo sobre você ou Arthur.
“Só negócios, amor.” Tommy mentiu, dando um tapinha no assento ao lado dele. Polly balançou a cabeça, acendendo um cigarro. Você praticamente podia ver a raiva escorrendo dela. O que Tommy fez desta vez?
“Aqui está, Sr. Shelby.” Você ouviu, aqui estava ela, a prostituta loira. Colocando as bebidas na mesa, ela sorriu para Tommy. Uma sugestão de rubor se formando em suas bochechas. "Avise-me se precisar de mais alguma coisa." Lançando um olhar rápido para você, ela saiu da sala.
Sentindo Tommy apoiar a mão em seu joelho, você se aproximou dele. Na verdade, ele estava alheio aos avanços de Grace. Você o observou quando ela estava por perto. Ele mal olhou na direção dela. Mas talvez tenha sido quando você estava aqui?
Quanto mais você pensava sobre isso, mais raiva você sentia.
"Eu te amo neste vestido." Tommy sorriu, passando os dedos sobre o material. Inclinando a cabeça para o lado, ele pressionou os lábios contra os seus. "Estava pensando que poderíamos passar a noite em Londres, antes do Natal? Só nós, hmm?"
"Eu gostaria disso." Você sorriu, entrelaçando sua mão na dele.
"Tem certeza que tem tempo para isso, Thomas?" Polly perguntou, estreitando os olhos escuros. "Você tem muito o que lidar aqui?"
"E tudo será resolvido a tempo, Pol." Ele rebateu, com o corpo tenso.
De pé, você escovou seu vestido. "Apenas indo ao banheiro." Esta foi a sua oportunidade, Tommy distraído com sua família. O pub estava relativamente quieto. Saindo do aconchego, seus olhos procuraram por ela.
Onde diabos ela estava?
Você deslizou pelo chão de madeira, seus calcanhares estalando conforme você avançava. A adega? Descendo na ponta dos pés, sua adrenalina corria pelo seu corpo. Você não tinha nenhum plano sobre o que iria dizer. Grace estava equilibrando três garrafas de uísque nos braços quando notou você.
"Ah, Sra. Shelby, está tudo bem?" Ela perguntou, com sua voz doce e doentia.
Fazendo beicinho, você debateu a pergunta dela, enquanto se encostava na parede. "Hmm, me diz você, Grace?" Você falou devagar de propósito, gostando de vê-la se contorcer.
Piscando rapidamente, ela olhou para a escada. Pânico aparecendo em seu rosto. "Eu... eu não entendo, Sra. Shelby." Grace deu um passo para trás.
Suspirando, você estendeu a mão esquerda. Dois anéis de ouro estavam em seu terceiro dedo. Um com um diamante, Sra. Shelby, sim, era você. "Vê este anel?" Você perguntou, mostrando a ela, enquanto se aproximava lentamente. "Você sabe o que isso significa?"
Engolindo em seco, Grace assentiu. "Sim."
"Diga-me." Você sorriu para ela. "Me diga o que você acha?"
"Que você é casada." Ela respondeu, olhando para cima novamente. Ela poderia fugir?
"Não precisa ficar nervosa." Você riu. "Estamos apenas conversando, apenas duas mulheres conversando. Mas, sim, você está certa, isso significa que eu estou casada." Você estava agora a centímetros de distância dela. "Então fique bem longe do meu marido, não olhe para ele, não fale com ele, entendeu?"
Balançando a cabeça profusamente, você percebeu que a respiração dela era superficial. "Sim."
Olhando-a de cima a baixo, você sorriu docemente. "Bom, só vou avisar uma vez." Tirando o uísque dos braços dela, você o viu cair no chão. Quebrando-se em pedacinhos.
"Opa." Você encolheu os ombros, voltando para cima.
Entrando no aconchego novamente, todos se viraram para olhar para você. "Onde você esteve, (S/n) Shelby?" Polly perguntou, com um olhar astuto em seu rosto. Sentando-se novamente, você deixou Tommy passar o braço em volta de seus ombros.
"Ah, só conversando com a garçonete." Você respondeu casualmente, inclinando-se para pegar sua bebida.
"Você quer ir para casa, amor?" Tommy perguntou, apagando o cigarro. Totalmente alheio ao que você fez. Mas Polly conhecia você muito bem.
"Sim, por que não? Já terminei aqui." Você sorriu, olhando pela janela. Grace olhando para você, limpando o uísque do vestido.
Se despedindo, Tommy abriu a porta para você. Pressionando um beijo em sua bochecha. "Pronta para o seu presente agora?" Ele perguntou baixinho, a voz retumbando em seu ouvido.
"Mais do que pronta." Você respondeu, sem tirar os olhos de Grace. "Boa noite, Grace." Você gritou por cima do ombro, deixando Tommy pegar sua mão para levá-la para casa.
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