"Você."
Eu podia sentir o sangue pesado correndo em minhas veias. Isso não parecia comigo, eu me sentia... diferente. Pensamentos altos me nublaram como uma névoa espessa. Eu podia sentir minha mente se esvaindo.
"Newt..?" A voz de (S/n) me fez estremecer. Eu não tinha mais controle, precisei de tudo em mim para não atacar ela. Eu nunca quis machucá-la, nunca quis, mas este não era eu. Eu era outra coisa, algo incontrolável.
"Você é a cura. Está no seu sangue."
"Newt, o que você-?" Eu perdi isso.
Eu a abordei e sua cabeça bateu no chão. Pare com isso! Pare de machucá-la! Eu sabia o que estava fazendo, mas não conseguia parar. O vírus assumiu o controle e ela sabia que ela tinha a cura. Era como se eu estivesse assistindo a um filme horrível através dos meus olhos, onde magoei o amor da minha vida.
Ela foi a única coisa boa que os criadores enviaram. Eu vi meu quinhão de verdinhos, mas (S/n) era algo diferente. Eu estava com medo e sozinho, até que ela apareceu. Ela sempre esteve lá comigo, mesmo quando eu era estúpido o suficiente para tentar tirar a própria vida pulando das paredes do Labirinto.
"Newt." Ela tentou bufar através das minhas mãos segurando sua garganta. Foi quando percebi que havia uma faca na minha mão. Eu já sabia o que o vírus estava planejando fazer.
Lutei com tudo que pude, mas não fui forte o suficiente. Eu precisava assumir o controle, eu precisava assumir o controle e chegar até (S/n). Parecia que eu estava rasgando minha própria mente enquanto empurrava e empurrava. Eu sabia que estava lá, eu podia sentir-
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"Bem, olá, greenie." Cumprimentei uma garota muito tímida, encolhida no canto do Box. "Que porra é um greenie?" Ela atirou de volta. Isso rendeu muitas risadas e risadinhas dos outros caras. Tínhamos apenas um punhado de pessoas na clareira até agora, um greenie por mês e só tínhamos cerca de sete, agora oito. "Onde estou?"
"Bem-vindo à clareira, greenie! Meu nome é Newt, e lá em cima está o primeiro em comando, Nick. E o segundo em comando, Alby." Os dois garotos acenaram lá de cima enquanto ela subia numa caixa e olhava para fora. "Que diabos são essas paredes?" Ela perguntou, levantando-se. "Por que estou aqui? Por que não consigo me lembrar de nada?"
"Calma, greenie. Eu sei que você tem muitas perguntas, mas só temos respostas limitadas. Seu nome deve voltar para você em breve-"
"(S/n)."
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"S/n," eu choraminguei.
"Sou eu, Newt." Ela sussurrou, lágrimas enchendo seus olhos. "Eu estou bem aqui." Ela colocou o rosto em volta das minhas bochechas. Eu sabia que não tinha tempo suficiente, precisava expressar meu ponto de vista agora.
"Me mata."
"O que..?"
Enfiei a faca em suas mãos. "Me mate agora!" Eu gritei. Ela se encolheu, a faca apertada em suas mãos trêmulas. "Se você já me amou, você vai me matar agora, (S/n). Você vai me matar antes que eu me transforme em um deles." Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela soluçava.
"É claro que eu te amo, Newt! Eu amo você desde a clareira. Você é meu tudo." Minhas lágrimas se misturaram com a chuva enquanto eu tossia uma grande quantidade de sangue.
"Eu te amo tanto, (S/n). É por isso que preciso que você me mate, agora. POR FAVOR, ME MATA"
Algo estalou. O vírus tomou conta e perdi o controle quando pulei sobre ela e tentei pegar a faca. Tropeçando de volta no chão, lutamos com a faca. O vírus estava tentando matá-la por causa do sangue, mas eu precisava que ela estivesse viva. Ela ainda tinha muita vida para viver.