A pergunta que James Shelby, de seis anos, fez quase fez (S/N) cuspir o chá que estava bebendo de volta na xícara. “Você pode repetir isso de novo, querido?” Ela incitou a criança, esperando silenciosamente não ter ouvido corretamente.
“Como os bebês são feitos?” O menino repetiu sua pergunta. Foi exatamente a pergunta que (S/N) ouviu. Palavra por palavra.
“Umm, bem...” Ela parou, parando alguns momentos para tentar pensar em como lidaria com isso. O menino tinha seis anos... ele não precisava saber sobre o processo real que ocorreu. “Então, quando uma mamãe e um papai se amam muito, eles conversam e, nessa conversa, decidem que querem ter um filho. Aí tem um homem que desce pela chaminé depois de ouvir a conversa e coloca o bebê na barriga da mamãe. Em nove meses nasce o bebê, e é assim que os bebês são feitos.” Ela terminou sua história extravagante com um suspiro e um sorriso vacilante, esperando que funcionasse.
James olhou para sua mãe, sem dizer nada por alguns momentos. “Não foi isso que papai disse.” Foi o que ele finalmente disse em resposta.
Sua declaração imediatamente confundiu (S/N). “O que... o que você quer dizer?” Ela se apressou em perguntar, seus olhos alternando entre o filho e o marido, que ainda estava lendo o jornal e tomando chá, completamente despreocupado.
“Papai e tio Arthur estavam conversando ontem e tio Arthur estava contando a ele sobre uma senhora com quem ele estava e eu perguntei ao papai o que ele queria dizer e ele disse que é assim que os bebês ficam com a mãe...”
“Tudo bem, já ouvi o suficiente. Por que você não vai se preparar para a escola, hein?" (S/N) interrompeu o garoto, já tendo uma ideia de para onde iria o resto de sua declaração. Suas entranhas estavam revirando só de pensar em seu marido e seu irmão conversando sobre coisas assim na presença de James.
"Ok." James assentiu, saltando da cadeira sem pensar duas vezes. (S/N) ficou agradecida por ele não ter questionado e feito o que ela pediu. Ele então fugiu, deixando (S/N) e John sozinhos na cozinha.
(S/N) olhou para John, vendo-o olhar para ela enquanto segurava a xícara até os lábios. Ele tentou ser indiferente e voltar os olhos para o jornal, mas (S/N) capturou seu olhar. "Você gostaria de me dizer por que você e Arthur estavam conversando sobre esse tipo de coisa com seu filho na sala?" Ela perguntou a ele, levantando as sobrancelhas enquanto falava.
“Não achamos que ele estava nos ouvindo.” John tentou se defender, colocando a xícara na mesa para poder olhar para ela.
“Ele tem seis anos, John. Ele ouve tudo... e então só se lembra das coisas que não deveria.” Ela rebateu, sua frustração brilhando em suas palavras.
“Foi um erro, amor. Isso não vai acontecer de novo.” Ele assegurou, desistindo da discussão porque sabia que não poderia vencer.
“É melhor não.” Enfatizou (S/N), levantando-se da cadeira para recolher os pratos vazios da mesa. Ela os levou até a pia, colocando-os nela para que ela pudesse lavar a roupa. Antes de começar, ela voltou para onde John estava sentado com o jornal nas mãos. “Deixe-me ver isso.” Ela disse a ele enquanto parava ao seu lado apontando para o papel que ele segurava.
“Aqui.” Disse ele, entregando o papel sem pensar duas vezes.
(S/N) não perdeu tempo. Ela enrolou o papel e o usou para bater levemente na nuca de John, o som da pancada enchendo a sala.
“Ai!” Ele exclamou, virando-se para olhar para ela com os olhos arregalados enquanto esfregava a nuca.
Um sorriso se espalhou pelo rosto de (S/N) enquanto ela olhava nos olhos do marido. “Eu quis dizer o que disse.” Disse ela então, com seriedade presente em sua voz.