Nunca foi fácil ter um relacionamento com seu colega de trabalho. No começo você nem queria estar em um, estar com alguém, você gostava de ficar sozinha. Mas todo o seu pensamento mudou quando você conheceu Jay Halstead. Você e Jay trabalharam juntos na Inteligência e não demorou muito para que vocês dois se apaixonassem. Mas, como você disse, nem sempre foi fácil, especialmente no início, quando você teve que se esconder de Voight e de sua regra de “não ter relacionamentos nesta casa.” Mas cinco anos se passaram e você agora era a Sra. Halstead.
Era um dia normal no distrito e você estava em sua mesa preenchendo seu último relatório de prisão. Você se sentiu observada e ergueu os olhos apenas para perceber o olhar faminto com que seu marido olhava para você de sua mesa. Mesmo depois de cinco anos, você não pôde deixar de corar pela maneira como ele olha para você.
“Pare com isso.” Você murmurou, sabendo exatamente o significado daquele olhar. Um sorriso apareceu nos lábios de Jay, que ele tentou disfarçar tomando um gole de café.
“Você é tão gostosa.” Ele murmurou de volta, rindo de sua reação. Vocês dois adoraram como, mesmo depois de todos esses anos, continuaram a provocar um ao outro. O desejo e a luxúria eram tão evidentes entre você e Jay que vocês dois sabiam que se pudessem já teriam rasgado a roupa.
Era quase hora do almoço quando o celular de Jay tocou. Era Will, informando ao irmão que ele precisava ir ao Med devido à chegada de uma vítima de tiroteio.
“Halstead e (S/s/n) vocês vão.” Voight ordenou assim que Jay o informou. Você rapidamente pegou sua jaqueta e saiu do distrito com Jay.
Jay estava dirigindo o carro como sempre, não que você se importasse, pois era a oportunidade perfeita para vê-lo dirigir. Você não podia negar, ele era incrivelmente gostoso, seu olhar focado na estrada. Sua mão esquerda estava apoiada no volante enquanto a outra apertava sua coxa como sempre fazia quando dirigia. Seus dedos acariciaram a mão dele e você não pôde deixar de se sentir feliz, pode parecer estúpido, mas mesmo aqueles gestos simples faziam você se sentir em paz.
“Oi pessoal aqui, sigam-me.” Will disse assim que viu você e Jay se aproximando dele.
"Como ele está agora?" Você perguntou enquanto caminhava atrás de seu cunhado.
“Ele está em cirurgia agora. Uma bala perfurou sua aorta abdominal e ele sofreu uma perda abundante de sangue. Rhodes está fazendo tudo que pode para reparar a aorta, mas não há muitas chances de ele sobreviver.” Explicou Will. Você chegou na frente da sala e arregalou os olhos assim que viu a quantidade de sangue no coágulo, no chão. Parecia que um tornado havia atravessado a sala.
Will levou dois sacos plásticos diferentes, um contendo as roupas da vítima e outro com seus afetos pessoais. “É por isso que eu queria que vocês viessem.”
Assim que Jay pegou a sacola, você entendeu imediatamente o motivo das palavras de Will. Havia alguns sachês que pareciam ser cocaína pura. Suponho que deveriam ter pelo menos 100 gramas.
“Droga.” Jay disse. “Isso valerá pelo menos dez mil dólares.”
Jay lhe entregou o saco plástico e você não pôde deixar de notar o logotipo nos sachês de cocaína, um logotipo que você reconheceria em qualquer lugar. "Jay, olhe."
Vocês dois trocaram olhares, Jay murmurando um “Foda-se” baixinho.
“Importa-se de explicar?” Will perguntou, sem entender.
“A vítima é membro dos Latin Kings, uma das gangues mais perigosas de Chicago. Estamos no encalço deles há meses.” Disse Jay.
“Onde os paramédicos o encontraram, Will?” Você perguntou.
