(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Um pouco do mesmo.

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TODAS AS MINHAS IDAS ATÉ O    estoque me faziam lembrar de Olivia

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TODAS AS MINHAS IDAS ATÉ O    estoque me faziam lembrar de Olivia.

Lembrava muito bem da mulher simpática de cabelos castanhos e óculos de armação quadrada. Sempre muito risonha e completamente nervosa com a maioria dos problemas que precisávamos enfrentar, mas dona de um coração perfeitamente cheio de bondade e disposição em ajudar. Principalmente para cuidar de Judith naqueles dias sombrios.

Agora, a nossa dispensa de nada tinha a ver com a garagem pequena que Olivia cuidava como uma guardiã. O casarão – antes destruído pelas bombas lançadas por Negan – se tratava de um galpão todo em madeira bastante amplo e com muitas prateleiras, aonde as comidas, artilharia, ferramentas e artigos para as casas ficavam separados por categorias.

Tudo poderia ser facilmente confundido com uma loja de departamentos, apesar do seu tamanho infinitamente menor do que uma, porém, ainda tínhamos o privilégio de entregarmos uma lista sem darmos quantias em troca e, em contrapartida, receber uma quantidade limitada daquilo que precisávamos, como uma sociedade deveria ser.

Era muito mais satisfatório trabalhar no que fosse possível e receber aquilo que merecíamos.

Ainda me lembrava dos dias em que passávamos horas fora de casa e recebíamos um valor ínfimo que de nada condizia com todo o nosso esforço por trabalharmos a favor do jugo de Negan, e confesso que essa era uma das coisas que eu não sentia saudades.

Nunca me dei muito bem com autoridades.

— Não temos pêssegos em calda. — Barbara voltou a se aproximar do lugar aonde eu estava a esperando.

A mulher de cabelos naturalmente ruivos usando um coque amarrado por uma bandana vermelha e olhos azuis profundos caminhou até a mesa de madeira muito pesada que se tratava basicamente do seu escritório em um dos cantos daquele galpão; o lugar aonde ela anotava todas as coisas que entravam e saíam do nosso estoque.

— Mas ainda tenho geleia. — Mostrou um pote de vidro com tampa de ferro em sua mão e logo o colocou dentro da cesta de vime que ainda estava sobre a escrivaninha, ao qual me pertencia.

— Tudo bem, não tem problema. — Respondi amigável enquanto riscava com o lápis o último item da lista amassada em minhas mãos. — Acho que ainda podemos fazer uma torta com ela. — Resmunguei ao colocar o lápis e a folha de papel dentro da cesta também.

— Se você substituir o trigo por sêmola a massa ficará bem mais proveitosa. — Acrescentou a sua dica como um conselho culinário, mas ela nunca entenderia porque as suas palavras me fizeram rir quase automaticamente. — Eu disse algo errado? — Perguntou meio insegura ao sorrir e semicerrar os olhos.

— Não, não é isso, desculpe. — Corrigi ao me controlar, mas ainda sorria quando vi a mulher cruzando os seus braços na frente de uma camisa xadrez feita em flanela na cor verde. — Eu só me lembrei de uma piada de anos atrás! — A acalmei enquanto sacudia a cabeça em negativa.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora