A CLARIDADE SOTURNA BELISCOU os meus olhos como um chamado insistente. A minha consciência começava a retornar até a minha mente em forma de fragmentos de pensamentos, mas a minha visão embaçada – sendo interrompida por piscadas lentas – me fez compreender, aos poucos, que a luz da manhã vindo da janela me acordava devagar.
O primeiro sintoma foi o meu corpo completamente dolorido. Não por menos, estava constatando que eu havia dormido sentada na poltrona ao lado da cama enquanto vigiava a recuperação de Lydia e, provavelmente, havia desmaiado de exaustão em algum momento da madrugada, o que não me parecia nada saudável para os músculos.
Deslizei os meus olhos ardidos pelo cômodo aonde estava e constatei que não se tratava do meu quarto. O lugar meio bagunçado me permitia entender claramente que ali se tratava do quarto da adolescente, e se isso já não fosse o suficiente, também percebia que a menina ainda dormia tranquilamente na cama.
Movi os meus membros delicadamente, mas cada movimento pareceu como um nó apertando os meus tendões. Fiquei sentada de forma ereta e estiquei a coluna, levantei os braços e os alonguei atrás do meu pescoço, ouvindo o estalar dos ossos em algumas partes mais sensíveis e soltando um suspiro conformado assim que tudo pareceu estabilizado.
Havia um peso em meu estômago que eu não sabia se seria um resultado de todos os problemas, ou da noite desconfortável. Mas parecia realmente como um saco de chumbo preenchendo o espaço até o meu esôfago, tornando a minha traqueia apertada e levemente pesada ao engolir em seco.
A sensação de ressaca também estava presa dentro da minha cabeça, mas não fazia muito sentido, já que eu não havia bebido nenhuma gota de álcool.
Me afastei da poltrona aonde estava sentada e fiquei lentamente de pé. Aproveitei para mais uma seção de alongamentos até firmar meus calcanhares no chão.
Virei para a garota ainda dormindo e abri um leve sorriso carinhoso.
O seu rosto ainda me deixava revoltada – os ferimentos se tornavam mais avermelhados e os hematomas estavam cada vez mais escuros – entretanto, vê-la em uma posição tão serena sobre aquela cama despertou em mim o espírito de proteção que eu conhecia muito bem.
Me aproximei do móvel, peguei a manta que estava aos pés do colchão e a deslizei sobre o corpo da menina até cobri-la na altura dos ombros. Meu objetivo era deixá-la confortável enquanto me esforçava para não acordá-la.
Me afastei com passos silenciosos e me direcionei até a porta do quarto que ainda permanecia levemente entreaberta desde a noite anterior. A puxando com leveza para evitar o barulho da madeira velha e me colocando para fora do seu quarto, a fechando completamente assim que passei por ela.
Minúsculos passos depois, eu alcancei a primeira escada de sete degraus que me levaria para o corredor aonde os outros quartos principais estavam.
Foi uma surpresa divina quando percebi que alguém estava sentado no meio daqueles degraus, com seus tornozelos bem apoiados e os cotovelos sobre os joelhos.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking Dead
Hayran Kurgu+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] ● ⎢ ❝𝐀 𝐓𝐑𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐀𝐐𝐔𝐈.❞ ⎢ 𝐇𝐄𝐈𝐃𝐈 𝐀𝐏𝐑𝐎𝐅𝐔𝐍𝐃𝐀 as suas raízes em Hilltop junto com a sua família. Entretanto, após seis anos do incidente que ceifou a vida de um dos líderes, aos po...