TUDO AO REDOR ESTAVA SILENCIOSO.
Não ao meu lado; tão pouco em minha casa; mas em um sentido mais amplo, como um todo, de modo geral. O mundo.
Depois da euforia de uma grande orquestra, sempre vinha as sinfonias mais graves, os sons mais baixos e uma leve impressão de que uma sombra melancólica roubava a energia pungente que pulsava há minutos atrás.
Com Alexandria não foi diferente.
Estávamos em paz e estávamos vivos. Comemorando o simples fato de respirarmos, tentando nos consolar de todas as pessoas que havíamos perdido.
Porém, bem no fundo, ainda havia o silêncio tenso pairando no ar; ainda havia o medo. Medo por, talvez, termos perdido mais do que poderíamos suportar. Medo de não conseguirmos recuperar nada do que precisávamos.
Os sobreviventes estavam dispostos e ajudavam na recuperação da comunidade durante o dia todo. Nós – eu e Daryl principalmente – havíamos nos poupado com uma folga, já que tínhamos ajudado no resgate do grupo de Maggie e, por isso, ainda tínhamos o direito de um bom descanso.
Antes de tudo, nós dois fomos obrigados a fazer uma pequena tarefa mais urgente.
Nos reunimos em nossa cozinha quando as crianças estavam na cama, após o jantar muito escasso. Arrumamos a louça e todas as coisas que estavam fora do lugar enquanto construíamos uma lista do que poderíamos ter disponível em relação à mantimentos em nossa casa, segurança – devido a queda dos muros – e como isso poderia interferir na vida dos mais novos; nos instigando a raciocinar em como manteríamos as quatro pessoinhas seguras e saudáveis.
Foi exatamente nesse ponto que eu desabei.
O cansaço, a dor e o medo me consumiu como se eu fosse o pavio de uma dinamite e, quando dei por mim, estava praticamente implorando para deixar o assunto tão importante um pouco de lado (mesmo que isso não fosse do meu feitio), mas eu simplesmente precisava de uma pausa para respirar. Precisava fugir das responsabilidades só um pouquinho.
Aquelas quatro pessoas que dependiam de nós poderiam facilmente se tornarem cinco agora e isso estava fundindo o meu bom senso.
Eu não conseguia raciocinar direito, não conseguia discernir o que era certo e o que estava errado; não conseguia iniciar uma conversa decente com o homem que estava o tempo todo comigo. Eu estava presa. Refém da minha própria mente.
Mesmo se eu estivesse enganada, mesmo se eu estivesse apenas morrendo, ainda não conseguia discernir o que poderíamos fazer; como resolver o problema, como me expressar.
Daryl estava claramente preocupado comigo, cuidando de tudo ao meu redor e não me deixou sozinha desde quando havíamos voltado para casa.
Ele me distraía dos meus piores medos em cada nova palavra e eu agradecia a sua presença ao meu lado em cada mínimo sorriso que me escapava de maneira sutil.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfiction+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] ● ⎢ ❝𝐀 𝐓𝐑𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀 𝐀𝐐𝐔𝐈.❞ ⎢ 𝐇𝐄𝐈𝐃𝐈 𝐀𝐏𝐑𝐎𝐅𝐔𝐍𝐃𝐀 as suas raízes em Hilltop junto com a sua família. Entretanto, após seis anos do incidente que ceifou a vida de um dos líderes, aos po...