(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Reparação.

428 46 100
                                    

ATRAVESSEI A PORTA BRANCA DO nosso quarto e rapidamente encontrei as escadas para o térreo no corredor seguinte

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ATRAVESSEI A PORTA BRANCA DO nosso quarto e rapidamente encontrei as escadas para o térreo no corredor seguinte. 

Os meus olhos ainda analisavam o chapéu de pescador acinzentado de aparência tão surrada em minhas mãos, mas eu não precisava estar observando exatamente os degraus para conseguir pisá-los em direção ao andar de cima.

Era impossível não me lembrar de Dale quando via um chapéu como aquele. Afinal, aquela era praticamente a assinatura do senhor que sempre tinha um sorriso calmo no rosto e um bom conselho na ponta da sua língua.

Isso me fazia suspirar de saudades, me recordando de todos aqueles que estiveram presentes em momentos tão inesquecíveis da minha vida. Provando que eu nunca poderia esquecê-los.

Coloquei aquele chapéu em minha cabeça com um sorriso no rosto enquanto alcançava o assoalho envernizado do andar principal. Percebi como as suas abas de tecido pareciam grandes o suficiente para sombrear o meu rosto e gostei disso.

Ignorei a porta mais comum da nossa casa e me direcionei para os cômodos mais aos fundos do casarão. Completei todo o caminho costumeiro da sala de visitas, a sala de jantar, a sala da lareira e só então me aproximei tranquilamente das portas abertas que davam para as varandas traseiras.

Ouvi o risinho baixo de Devyn e RJ fazendo alguma gracinha enquanto me aproximava e logo entendi o que estava acontecendo assim que coloquei os meus dois pés no ambiente aberto das sacadas rodeadas por cercas brancas.

Daryl estava sentado de forma relaxada na cadeira principal daquela mesa de madeira. O caçador tinha suas costas apoiadas praticamente de perfil contra o encosto feito de cedro e suas duas mãos estavam unidas entre suas coxas, me evidenciando uma pose meio despreocupada como um bom malandro silencioso.

Devyn permanecia na cadeira adjacente à do pai do outro lado da mesa. Junto à ele, o cachorro de pelo castanho estava perfeitamente sentado perto do menino e assistia os movimentos divertidos dos dois com a sua língua de fora e olhar astuto, enquanto RJ se sentava na cadeira seguinte, já que a mesa se tratava de um retângulo.

O garotinho de cabelos cada vez mais compridos parecia pescar alguns pedaços de frutas de dentro da sua tigela sobre a mesa e agora a nova brincadeira se tratava de simplesmente tentar acertar a boca aberta do pai que o esperava como em um tiro ao alvo.

Eu estava quase alcançando aquela turma masculina quando vi Devyn acertar um cubo de maçã bem na testa do mais velho, fazendo o fruto cair sobre a mesa, perto do prato aonde o Dixon havia acabado de comer ovos mexidos e carne seca.

Os dois pirralhos explodiram no riso como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. Principalmente quando o caçador massageou o lugar acertado levando os dedos por baixo da sua franja comprida, apertando um dos olhos para fingir dor como um efeito dramático, mas ainda mantendo o seu melhor sorriso divertido.

— Meninos, desse jeito vocês vão desperdiçar a comida. — Reclamei sorrindo ao me aproximar da única cadeira disponível naquela mesa; a cadeira em frente à RJ.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora