(Vol. IX) Ano XII p.e. ⎥ Vizinhos.

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HENRY E LYDIA CAMINHAVAM HÁ passos em minha frente, lado a lado e conversando coisas banais entre si como um casal de amigos

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HENRY E LYDIA CAMINHAVAM HÁ passos em minha frente, lado a lado e conversando coisas banais entre si como um casal de amigos. Henry contava para a garota como ele havia começado a usar um bastão de madeira como uma arma mortal e Lydia ainda estava retrucando por não compreender como um pedaço de árvore poderia ser tão perigoso quanto ele dizia, o provocando.

Definitivamente, aquilo era bem fofo.

Continuei os meus passos atrás dos dois como uma escolta. Nós três estávamos nos direcionando pela trilha de terra que nos levaria de volta até o alçapão que dava para o porão do casarão e agora, prestando mais atenção ao nosso redor, eu conseguia perceber claramente os olhares chocados e os cochichos assustados cheio de revolta dos moradores, que começavam a perceber a cena.

— Eles parecem zangados. — Lydia comentou meio receosa, assim que percebeu os mesmos olhares impetuosos sobre si quando diminuiu os seus passos e esperou por mim.

— Não se preocupe, você está segura. — Garanti com mais ênfase quando tomei o lugar ao seu lado, levando a minha mão sobre o cabo da minha faca enquanto Henry fazia o mesmo movimento de escolta do outro lado da garota, a protegendo.

— Agradeço o que estão fazendo por mim, mas, não entendo porque estão fazendo isso. — Lydia comentou parecendo ainda não acreditar em como estávamos levando as coisas e a tratando tão bem. Ou desconfiada por isso. O que não era uma surpresa, eu mesma acabei desconfiando da bondade de estranhos quase que o tempo todo.

— Porque todos merecem uma chance. — Avisei firmemente quando os meus olhos sérios voltaram na direção dos seus como um dever.

Durante muitos anos, eu sempre voltei para as minhas memórias mais cruéis e imaginei como seria se eu tivesse tido a força de impedir tudo. Ou, por ser uma criança, se alguém tivesse percebido o que acontecia e me salvasse das garras da minha própria mãe. Hoje em dia, eu via aquela oportunidade como uma forma de ajudar a minha criança interior também.

— Pegue a sua chance e a segure firme. — Pedi como uma prece calorosa e foi inteiramente reconfortante perceber quando a menina apenas assentiu de forma rápida, concordando muito facilmente com as minhas palavras.

— O que está acontecendo? — A voz mais alta de Tammy Rose surgiu chamando a nossa atenção assim que nós a percebemos se aproximando e vindo dos canteiros de hortaliças. — Por que ela está livre? — A sua pergunta era acusadora e a posição agressiva acabou fazendo com que outros moradores parassem o que faziam para observar.

— Ela não está livre. Foi permitido que ela saísse da cela e se limpasse. Como uma pessoa decente. — Expliquei dando um passo à frente e escondendo a garota com o meu corpo, a protegendo atrás das minhas costas.

— Você não pode decidir essas coisas sozinha. — Oscar também se aproximou até ficar ao lado de Tammy e, assim, mais pessoas que concordavam com eles se dispuseram a aglomerar o espaço em frente ao alçapão do porão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora