STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Cama de gato.

O PÁTIO DO ESTACIONAMENTO DO  hospital se transformou gradativamente em uma floresta adaptada ao urbanismo desde a queda do mundo normal.

O chão ainda era feito de concreto, mas haviam tantos buracos a ponto de arbustos, grama rasteira e até mesmo algumas centenas de flores coloridas, dividirem o espaço com uma cerca de malha gradeada ao redor de todo o terreno extenso, além de mais algumas muretas de concreto aonde alguns gatos tiravam um cochilo tomando banho de sol.

Normalmente – pelo menos até há algumas horas atrás – o clima provavelmente estaria muito pesado. Preocupante, eu diria. Pois a Alfa estava morta, mas ainda tínhamos a ameaça do Beta e os seus fiéis seguidores.

Entretanto, agora... Nesse exato momento do dia... Nós soltávamos o nosso fôlego do fundo dos pulmões e respirávamos tranquilamente mais uma vez: Os Sussurradores haviam sido silenciados; o Beta estava morto e a sua horda havia encontrado um fim naquele penhasco.

Estávamos livres.

Era impossível não sentir o clima mais leve perante o sol ameno.

O céu levemente azul deixava com que o sol pintasse de dourado algumas partes do pátio, destacando as folhas verdes como um complemento e trazendo uma sensação adorável de paz para todos os sobreviventes que se dividiam em grupos por alguns pontos do estacionamento.

Tivemos que abater todos os mordedores lentos que ficaram para trás após a carroça se afastar com a música, mas ainda assim, o trabalho não era nada comparado à tudo o que sofremos. Na verdade, era um preço pequeno a se pagar para que ficássemos bem.

Agora, a maioria dos sobreviventes do enorme grupo naquele hospital pertenciam às três comunidades da Aliança. 

Oceanside, Alexandria e Hilltop; estavam misturados como uma grande família e se apoiando mutuamente em um momento tão difícil, já que todos nós teríamos que pegar os escombros deixados pelos Sussurradores e reconstruir as nossas casas como sempre fazíamos.

Havia um local na lateral do pátio aonde parecia ter sido um jardim de verdade nos seus dias de glória.

Muitos arbustos cercavam o lugar, com trepadeiras selvagens subindo nas cercas igual a um paredão vivo, e algumas árvores robustas ainda presas em canteiros de concreto partido disponibilizava sombra para alguns bancos de pedra, para que os pacientes tomassem banho de sol, provavelmente.

Eu estava sentada sobre um desses bancos. Devyn estava sentado em meu colo, bem entre as minhas pernas, e me obrigava a abraçá-lo forte com os meus braços firmes por cima dos seus, o impedindo de se mover enquanto ele batucava os seus pés com a sua ansiedade dolorida.

— Auch! Auch! Auch! — Ele repetia muito rápido e resmungando cada vez mais cantarolado enquanto Rosita se esforçava de pé diante de nós dois.