(Vol. XI) Ano XIII p.e. ⎥ Estiagem.

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O SOM DA ÁGUA BORBULHANDO NA panela estava começando a me dar aflição

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O SOM DA ÁGUA BORBULHANDO NA panela estava começando a me dar aflição.

Estávamos apenas preparando o jantar como fazíamos todos os dias, mas a minha mente estava cozinhando mais coisas do que cogumelos escassos. Na verdade, os pensamentos não paravam de vir até mim como corvos devorando lavouras de milho.

Me mantinha de pé na ponta da ilha da cozinha enquanto uma faca afiada estava em uma das minhas mãos. Um punhado de cogumelos estavam guardados em uma tigela de cerâmica próxima à tábua de corte que eu usava e, se Lydia conseguisse os ingredientes que faltavam, teríamos uma sopa pronta para a refeição dali há alguns minutos.

A água começando a ferver me lembrava das minhas decisões no início do dia, pois, precisei jogar fora o restante das cinzas que sobraram daquele teste de gravidez no fogão, esperando que o caçador não percebesse que algo havia acontecido.

Não sabia, exatamente, porque eu havia feito isso. A minha ideia original após todo aquele ataque de pânico – e estupidamente, após a conversa com Negan – era simplesmente contar a verdade para o Dixon assim que ficássemos sozinhos.

Agora, não compreendia porque a minha psique cansada estava novamente tentando esconder rastros, já que eu havia prometido para mim mesma.

Talvez fosse culpa do terror angustiado que afundava o meu peito de novo após ter decidido preparar o jantar. Constatar um armário quase vazio e uma espera de mais de meia hora na fila do estoque de Alexandria, não era um incentivo muito agradável para quem traria mais uma boca para alimentar ao mundo.

Tentava distrair os meus receios com um pouco da vida normal. Por isso, a minha companhia se tratava de RJ; que estava sentado em um dos banquinhos para conseguir alcançar a ilha de mármore também. 

O menino havia acabado de se juntar à mim e agora fazia desenhos em um caderno de folhas recicladas com os resquícios de giz de cera coloridos que ele ainda tinha guardado com ele. Desenhando um grande sol feliz e nuvens sobre o papel branco e grosseiro.

De alguma forma, momentos assim também conseguiam me tranquilizar.

— O que está fazendo, querido? — Perguntei sobre a sua obra de arte, já que notei uma mulher de longos cabelos pretos feitos de linhas que segurava uma vara de pesca em uma das mãos.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora