(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Oceanside.

559 47 209
                                    

OS RAIOS DE SOL ENTRANDO DE   forma sorrateira naquele cômodo acabaram me despertando lentamente enquanto os meus olhos sonolentos tentavam se acostumar com a claridade habitual

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

OS RAIOS DE SOL ENTRANDO DE   forma sorrateira naquele cômodo acabaram me despertando lentamente enquanto os meus olhos sonolentos tentavam se acostumar com a claridade habitual.

A maneira mais aquecida como os feixes de luz pareciam envolver o telhado e as paredes ao meu redor apenas afirmavam com ênfase que o inverno já havia nos deixado há meses atrás, e que agora toda a neve tinha se dissipado para usufruirmos melhor dos dias quentes de verão.

Tentei abrir os meus olhos com cuidado e sem qualquer pressa. Alcançando um segundo de cada vez até finalmente conseguir me acostumar com a claridade costumeira da luz forte do sol invadindo a cabana de forma tão clara, os abrindo totalmente e encarando o tecido leve da cortina fina que cobria a metade vertical daquela janela de madeira contra uma das paredes.

Ainda estava deitada de lado sobre o colchão bagunçado e sentia os meus músculos despertando devagar, mas ainda de forma dolorosa. Aquelas cortinas estampadas com flores lilás e folhinhas verdes diante de mim se moviam de maneira muito graciosa e quase imperceptível, acompanhando o espírito marítimo que nos rodeava por todos os lados.

Sabia que essa comparação era perfeita, afinal, ainda era possível ouvir o som do oceano se debruçando sobre a terra há alguns metros daquela comunidade. Soando distante como um perfeito chiado que sussurrava uma música sem letras e sempre ritmada pelo balanço do mesmo vento que sacudia gentilmente aquelas cortinas.

Era um ótimo convite para voltar a dormir.

Oceanside possuía uma áurea de final de tarde durante todo o dia. Despertava uma sensação adorável de férias; de noites quentes se balançando em cadeiras de vime nas varandas e bebidas geladas que cintilavam cubos de gelo em copos de vidro. Era como estar muito longe dos problemas habituais e mortos querendo um pedaço de carne. 

Com certeza uma das melhores sensações que eu já havia sentido nos últimos meses, depois daquele inverno cruel e doloroso.

Contudo, todo o seu espírito convidativo não foi o suficiente para me fazer despertar completamente. Afinal, eu simplesmente puxei mais as cobertas até abraçá-la feito um urso de pelúcia, afundando melhor o meu corpo sobre o colchão e respirando fundo para voltar a dormir.

Já estava quase aceitando o convite de Hipnos novamente quando o som peculiar da porta rangendo drasticamente ao ser aberta acabou me trazendo de volta como um despertador.

Estávamos muito próximos do oceano, praticamente tudo o que era feito de ferro ali acabava sendo corroído mais rapidamente pela maresia, causando a ferrugem nas dobradiças.

A próxima coisa que ouvi foram os passos que se arrastaram sobre um assoalho feito de tábuas de madeira envelhecida também.

Demorou apenas alguns segundos até que eu sentisse alguém apoiar os joelhos sobre o espaço vazio do colchão bem atrás de mim. O seu peso era evidente, me denunciando se tratar de alguém maior do que eu; afundando as suas mãos apoiadas sobre o edredom e se curvando em minha direção como se tivesse encontrado o seu alvo perfeito.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora