(Vol. IX) Ano XII p.e. ⎥ Declive.

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DARYL ESTAVA COM UM DOS JOELHOS apoiados na grama enquanto se mantinha bem ao lado do filho

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DARYL ESTAVA COM UM DOS JOELHOS apoiados na grama enquanto se mantinha bem ao lado do filho. O Dixon mais velho estava tentando ensinar o garoto a como usar aquele estilingue da melhor forma possível, lhe dando informações, conselhos e recomendações enquanto o menino loiro não desgrudava os olhos dos movimentos do pai. Prendendo o lábio inferior entre os seus dentes ao mesmo tempo em que não perdia qualquer detalhe diante dos seus olhos infantis.

Devyn recebeu as explicações e o estilingue das mãos do pai, antes de segurá-lo conforme o caçador havia orientado e analisá-lo como se fosse algo novo. Depois disso, o menino colocou a pedrinha de seixo no lugar exato da tira de couro e mais uma vez ele estava apontando para o conjunto de latinhas vazias e meio amareladas de sopa que estavam cuidadosamente colocadas sobre uma mesa de madeira perto de uma parede de sacos de areia.

Ali, perto do espaço reservado para o treinamento habitual dos moradores do Reino, havia sido montado um lugar específico para aqueles que precisavam treinar as suas miras, ou experimentar flechas e armas compradas na feira. O que se tornou o melhor local para treinar tiro ao alvo.

O mais velho voltou a se levantar de pé ao lado do filho e esperou que o pequeno atirasse a sua pedrinha. Fazendo o seixo acertar uma das latas de raspão, se sacudindo, mas não caindo. E mesmo assim o homem bateu palmas em uma comemoração cheia de incentivo quando um sorriso orgulhoso despontou em seus lábios, fazendo Devyn virar para o pai como se o mesmo fosse o seu ídolo e então abrir um sorriso ainda maior e satisfeito.

O caçador não parecia preocupado, ou apressado, quando tínhamos a oportunidade de compartilhar esses pequenos momentos com o Dev. Mesmo que, para nós, eles realmente parecessem um tempo muito curto, já que o nosso maior desejo era dar-lhe uma vida aonde não precisaríamos sair para corrermos riscos.

Cada mínimo evento era apreciado como se fosse o último. E mesmo que isso fosse completamente poético, era tóxico e assustador viver uma rotina aonde um monstro afiando a sua foice, a morte, nos espreitava em cada um dos nossos passos.

Era por isso que se render a aqueles instantes era extremamente necessário. Isso impedia que a nossa mente, ou coração, se tornasse uma casca vazia e fria. Paralisada na vida pelo medo da morte. Além de nos dar o combustível necessário para sempre nos sairmos bem e voltarmos vivos para casa. Voltarmos e fazermos tudo por eles.

Eu e o cachorro estávamos nos aproximando dos dois enquanto eu segurava uma pequena bolsa feita de couro curtido e que serviria perfeitamente para que Devyn carregasse no quadril. Havia acabado de ver o bornal infantil em uma das barracas de artesanato daquela feira e simplesmente fiquei apaixonada pelo estilo meio caçador da montanha que ela parecia influenciar para quem a usasse. Tinha certeza que o pirralho gostaria dela também.

Me coloquei ao lado dos meus dois caras e exibi um sorriso vitorioso assim que percebi como Devyn havia conseguido acertar uma das latas, que acabou caindo para trás da mesa e repousando seguramente sobre um saco de areia colocado no chão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora