STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐕] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. X) Ano XIII p.e. ⎥ Linhas que cruzamos.

O MEU OBJETIVO ERA BEM SIMPLES.

Tudo o que eu precisava fazer era verificar a área das fronteiras em Oceanside.

Os dias sendo sorrateira para conseguir sair sem ser percebida deveriam valer à pena. 

Depois de irromper vários quilômetros em todas as oportunidades que surgiam nos últimos dias, percorrendo basicamente todo o território ao redor das terríveis estacas (desde o antigo Reino decadente até a próspera Alexandria e a remanescente Hilltop) aquele seria o momento perfeito para me arriscar através do território reivindicado pela Alfa. Mesmo tendo como o meu foco algo bastante complicado: não ser pega enquanto estivesse zanzando pela terra do inimigo.

Contudo, sabia muito bem que todas as minhas estratégias estavam bem elaboradas. Daryl estava esperando Carol enquanto ficava de olho em Devyn naquela praia. Eles não voltariam para a cabana até a hora do jantar, o que me dava o benefício de longas horas para perseguir os meus objetivos nos limites das nossas terras.

Lembrava que eu havia estado no acampamento dos Sussurradores no ano passado, assim como tinha noção de que aquele acampamento não existia mais hoje em dia, mas, era muito óbvio admitir que eu havia sido um deles por algumas horas e isso já me dava uma vantagem segura para buscar os seus rastros quase inexistentes.

O meu principal objetivo ali era encontrar o meu ponto de partida e era exatamente por esse motivo que eu estava me arriscando no meio das árvores; percorrendo durante algumas horas a trilha que me levaria até o cânion aonde a Alfa havia me arrastado e me mostrado os milhares de mordedores perambulando no fundo do desfiladeiro como o seu exército morto.

Meus passos permaneciam lentos e silenciosos. Não queria despertar o interesse dos mortos-vivos quando não era possível atacá-los no cérebro. E apesar de quase não esbarrarmos mais em nenhum deles depois que a líder dos Sussurradores os resgatou como uma arma nuclear, os poucos que surgiam desgarrados não poderiam ser encontrados pelo povo da Alfa em seu território com os seus crânios perfurados, ou toda a minha investigação seria descoberta.

O sol ainda era visível enquanto eu me dedicava ao trabalho de cobrir os meus rastros e a minha jaqueta camuflada me deixava mais invisível no meio das folhas e galhos da floresta fechada pela qual eu me esgueirava.

Mantive a minha faca firmemente empunhada em uma das mãos por não poder usar o meu arco e agora eu confiava no faro apurado do cachorro que caminhava diante de mim, para que ele nos afastasse dos caminhantes; já que Dog farejava o solo sempre atento a qualquer ruído.

Depois de tantos passos cautelosos, reparei nas estacas diante de nós cortando o nosso caminho como um pedido para que nos afastássemos. Os meus pés pesaram como chumbo quando o frio em meu estômago levou o receio até os meus joelhos, tornando a minha respiração curta e dificultosa assim que me coloquei diante delas.

— Acha que é uma boa ideia, amigão? — Questionei para o cão ao meu lado, vendo o cachorro virar o seu focinho escuro até mim e soltar um ganido fino como uma leve reclamação.