Capítulo 38

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O beijo dela é tão cheio de volúpia, deixando-me sedento por mais do gosto de cereja em sua saliva doce, que me torna cada vez mais loucamente dependente do sabor irresistível da língua macia e ousada

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O beijo dela é tão cheio de volúpia, deixando-me sedento por mais do gosto de cereja em sua saliva doce, que me torna cada vez mais loucamente dependente do sabor irresistível da língua macia e ousada. Quando tenho os lábios dela buscando os meus, fico perdido na sensação de tê-la entregue em meus braços, e a adrenalina do perigo que ela ousa nos colocar enleva todos os meus pensamentos para longe, fazendo-me querer apenas provar o maravilhoso elixir de sua boca sem me importar com mais nada.

É ainda mais difícil ter que me afastar da Alessa quando sei que o tesão, implícito no seu olhar lânguido e desejoso, não esconde a lascívia que envolve cada centímetro do seu corpo com a minha proximidade. Basta uma faísca para pegarmos fogo juntos, e resistir a isso é quase um martírio. Eu certamente não teria forças para seguir com os meus compromissos se tivéssemos avançado um pouco mais com o nosso beijo.

Só consegui seguir o destino que pretendia antes de encontrá-la quando a imagem dela, rebolando graciosamente ao caminhar para longe de mim, desapareceu do meu campo de visão assim que ela cruzou a porta de entrada da casa. Mesmo quando entrei no meu carro, pensando que dirigir me traria algum foco, não consegui tirá-la da cabeça ao imaginá-la no banco ao meu lado; eu poderia sentir mais do seu aroma de âmbar nos envolvendo em um espaço particular, ouvir a voz sedutora me atiçando e ser alvo das provocações que sei que ela não hesitaria em aprontar só para me ver à beira do colapso...

A Alessa é a única mulher capaz de incendiar toda a minha alma, o meu corpo e a minha lucidez. Ela é definitivamente perfeita para mim, e eu a quero com cada fibra do meu ser e com cada espaço dos meus pensamentos mais profundos que, agora, pertencem somente a ela.

Suspiro extasiado, esfregando as palmas das mãos sobre o meu rosto na tentativa de dispersar essa vontade latente de me perder mais e mais nos devaneios de como seria tê-la sem que nada nos limitasse ao que só podemos ter às escondidas. A sensatez deveria impedir esse ímpeto de querer ignorar todas as circunstâncias, mas algo mais forte do que o meu bom senso faz com que eu não me importe com nada além da necessidade de que ela seja inteiramente minha.

O maldito fato de uma aliança a tornar proibida para mim faz dela o único e mais delicioso segredo que já tive que manter sobre a minha própria vida. E ser prudente é algo que, definitivamente, nunca estive disposto a ser, e agora que posso ter os seus beijos, o seu toque e o seu corpo, vejo que será ainda mais difícil não ceder aos meus instintos quando estou perto dela.

Com a Alessa é como se a máscara do autocontrole, que preciso manter intacta até mesmo nas situações mais degradantes e sombrias, simplesmente não existisse. É como se ela me transformasse apenas no que eu sou por trás de tudo o que vingo com as minhas próprias mãos, e tudo que a envolvesse fosse o limite da minha brutalidade. Por isso sinto que tocá-la, quando sei que tenho a morte inevitavelmente atrelada ao que domino com maestria, é uma dádiva que eu tomei para mim e não posso deixar que ela escape.

Neglectful LoverOnde histórias criam vida. Descubra agora