Capítulo 42

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A vontade de sentir ele por perto se infiltrou em meus pensamentos a cada momento do meu dia, fazendo-me lembrar vividamente da intensidade  dos lábios convidativos dele, da força do seu toque másculo e dominante, e até mesmo da maneira reverente...

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A vontade de sentir ele por perto se infiltrou em meus pensamentos a cada momento do meu dia, fazendo-me lembrar vividamente da intensidade dos lábios convidativos dele, da força do seu toque másculo e dominante, e até mesmo da maneira reverente com a qual o meu nome soa quando sua voz fica lenta pela excitação. Eu realmente me deleito com as sensações indescritíveis que esse homem causa em cada pedacinho do meu corpo e mente; entre nós as barreiras se tornam meras ilusões, e a realidade se detém apenas ao ardor do contato das nossas peles coladas uma na outra, às provocações instigantes, os beijos cálidos e o desejo de pertencer um ao outro o tempo todo.

Como posso continuar acreditando na minha capacidade de ser resistente ao que tudo isso provoca em mim, se ele a quebra com um único toque ou uma única palavra? Nunca pensei que seria tão difícil evitar os meus próprios sentimentos. Ignorar o que eles estão sussurrando no fundo da minha mente, com mais frequência do que eu sou capaz de admitir, está se tornando um impasse atordoante; é como se eu estivesse tentando me esquivar de um forte e inevitável embate com a minha própria consciência.

Tento me convencer de que estou apenas sendo fiel às minhas próprias vontades, exatamente como prometi que faria por mim mesma, mas no fundo da minha alma sei que isso logo pode ficar a um passo de ser muito mais do que uma deliciosa aventura. Muito mais do que desejo, sexo, conversas sujas sob os lençóis e carinhos nada indiferentes.

Caso isso aconteça, não irei conseguir fugir, pelo menos não por muito tempo. Sinto que o limite da minha autoproteção desmorona no exato momento em que as mãos dele estão sobre a minha pele, que clama pelo seu toque insanamente voraz. Basta tê-lo desse jeito tão louco por mim para que a única coisa que passeie em minha mente seja a vontade de descobri-lo por inteiro e poder senti-lo na sua forma mais visceral a cada vez que me entrego ao calor do seu corpo.

Apesar disso, a conversa que tive com o Dom foi crucial para colocar os meus pés no chão e entender que devo esperar tudo do Roman, exceto que ele seja um covarde, que minta sobre si mesmo ou seja  incapaz de lutar pelo que quer. É notável como ele dificilmente hesita em dizer o que pensa, e o olhar dele consegue ser tão revelador quanto as palavras cheias de determinação e sinceridade. Portanto, eu  suportaria ser envolvida por uma ideia falsa, e a maneira como as coisas entre nós aconteceram me faz acreditar que não estou enganada sobre quem ele é, não posso estar.

Eu já enfrentei tantos medos ao longo dos anos, mas, quando penso em tudo o que ele demonstra ser, surge em mim uma sensação de segurança, que é realmente incomum diante de todos os motivos que possuo para não sentir isso por mais ninguém. É fácil perceber como Roman é um homem extremamente convicto das próprias ideias; há algo muito firme no jeito que ele as expressa, o que torna difícil demais não ser enlevada pelo que sua confiança transmite.

Essa certeza quase ingênua de que com ele posso ser o que eu quiser é simplesmente um delicioso vício. Vê-lo assim, em pé ao meu lado, absorto no desenho dos meus lábios, tão desejosos pelos dele, me instiga profundamente. É como se a minha ousadia de ordená-lo a passar a noite inteira aqui comigo ainda estivesse suspensa no ar, reverberando pelas paredes do quarto em consonância com o meu coração acelerado.

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