Eu estava andando na floresta quando milhares de maníacos começaram a me perseguir, eu corria muito mas a cada passo parecia que a floresta ficava maior, até que tropeçei e um maníaco me matou.
Acordei gritando, e acabei acordando o Aaron também, tinha sido só um pesadelo, mas vi a expressão de preocupação no rosto dele.
- O que foi Kim?!
Eu respirei fundo para me acalmar.
- Nada, só um pesadelo.
- Que susto.
- Desculpa.
Ele me olhou e se sentou ao meu lado.
- Tudo bem.
Ele começou a fazer carinho na minha cabeça e eu encostei minha cabeça em seu ombro.
- Maníacos?
- O que?
- O pesadelo, foi sobre maníacos?
- Sim.
- Entendo perfeitamente.
- Sei que entende, você já me bateu por causa disso, lembra?
Eu dei uma gargalhada, mas ele enrusbeceu e permaneceu sério.
- Dá para esquecer isso, por favor?
- Deixa eu ver... hmmmmmmm...
Fiz uma careta.
-...Não!
Ele riu.
- Ah, deixa de ser chata!
- Eu não estou sendo chata.
- Não mesmo?
- Não.
- Deixa eu fazer um diagnóstico, analisando seu quadro de saúde percebi que você é chata, muito chata, mas você tem sorte, existe um tratamento para isso.
- É mesmo Dr. Metido a besta?
- É sim.
- E qual seria esse tratamento?
Ele começou a fazer cócegas em mim e eu comecei a rir como se fosse louca até que eu caí em cima da cama e ele caiu do meu lado, ele parou de fazer cócegas em mim e continuamos rindo, só parei quando olhei nos olhos dele.
Ele colocou uma mecha de cabelo que estava na frente dos meus olhos, atrás da minha orelha.
- Ai meu Deus...
- O que foi?
- Tão perfeita...
Eu dei um sorrisinho.
- Eu te amo Kimberly Sparks.
- Eu também te amo Aaron Rogers.
Ele sorriu e me beijou, quando parou disse:- Eu acho que vou ter que aturar essa chata por um bom tempo.
- Quem sabe, se eu sobreviver por mais tempo.
Ele colocou as duas mãos no meu rosto.
- Ei... você pode até ser chata mas é minha chata, e eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você.
O jeito como ele disse aquilo me deixou sem palavras, ele me beijou mais uma vez e depois foi para a cama dele.
- Bom resto de noite Kim.
- Bom resto de noite Aaron.
Eu dormi e provavelmente ele também.
Quando acordei novamente ele não estava mais no quarto, eu abri a escotilha e vi ele de pé, na frente do lago, eu fui até lá e fiquei ao lado dele.
- Bom dia Kim.
- Bom dia Aaron.
- Esse lago é tão... sei lá.
- De um jeito bom ou ruim?
Ele sorriu e tirou a camisa, percebi que ele tinha um canivete no bolso da calça.
Ele pulou na dentro lago e começou a nadar.
- Ah, como eu estava com saudades disso!
- Não tem medo que a água esteja infectada?
Ele sorriu ironicamente e veio mais perto da beira do lago.
- Acabei de descobrir outra coisa sobre você.
- O que?
Ele pegou meu pé.
- Além de chata é fresca.
Ele me puxou para a água e eu caí.
- Mas que droga Aaron!
Ele deu uma gargalhada.
Me vinguei dele! Dei um grito e fingi que estava me afogando.
- Kim, tá tudo bem?!
Eu mergulhei e nadei para trás dele, nadei até a superfície devagar.
- Kim cadê você?!
Eu coloquei as duas mãos em seus ombros e ele se virou assustado, assim que eu vi o quanto ele estava aliviado dei uma gargalhada.
- Kim, isso não se faz!
- O que não se faz é mexer com uma garota como eu.
- Quer dizer que vai bancar a perigosa agora?
- Talvez.
Eu disse sorrindo vitoriosamente.
Ele agarrou minha cintura e pressionou meu corpo contra o dele.
- Acredite garotinha, sou tão perigoso quanto você!
- Duvido.
Ele me empurrou e saiu da água.
- Aaron o que foi?
- Nada, só preciso tomar ar.
Ouvi ele respirar fundo e saí da água.
- Aaron eu estava só brincando tá? Não precisa se irritar comigo.
- Não estou irritado com você, eu jamais ficaria, eu só precisava de ar mesmo.
- Ok.
- Vá se trocar, tive uma ideia, não tem nada a ver com o assunto mas me veio a cabeça de repente.
- Está bem.
Eu coloquei outra roupa e quando voltei ele estava com uma mochila e duas maçãs na mão, ele jogou uma maçã para mim e eu agarrei e comi um pedaço.
- O que faremos?
- Você vai ver, vai gostar, eu acho.
- Espero que sim.
- Tenta confiar em mim.
- Ok.
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Diário de uma sobrevivente_Livro 1
Ficção CientíficaMeu nome é Kimberly Sparks, tenho apenas dezessete anos e sou uma das poucas sobreviventes a uma epidemia mundial que começou há cinco anos atrás e matou mais da metade da população existente na Terra. O nome científico dado a doença foi "morbonervo...