Cidade da morte: Parte três

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Andamos muito, a cidade era enorme, a noite já havia chegado, porém eu não sentia medo nenhum, a escuridão atrapalharia completamente a visão do líder, isso nos favorecia bastante.
Chegamos até um lugar que nos chamou a atenção, chamava-se:
"O hangar".
Era em um antigo aeroporto, com um último avião na pista, aquele que provavelmente nunca mais decolaria novamente.
Nós entramos lentamente, o lugar era enorme cheio de aviões, naves, helicópteros, carros e até motos.
Até que achamos uma uma nave familiar, porém coberta de poeira, esfreguei minha mão um pouco para limpar a poeira da nave e vi que estava escrito: "Floátis".
E não havia só uma daquelas haviam cinco delas, porém duas delas não diziam "Floátis".
- As três naves que sumiram...eram apenas três certo?- Patrick perguntou.
- Estão fabricando mais.
- Por que?- Miranda perguntou franzindo as sobrancelhas.
- Droga...já sabem da existência de Floátis!- Bati a mão na nave com raiva e medo do que fariam.
- Mas não chegarão lá tão cedo.- Mira correu e pegou três chaves de motos organizadas em uma mesa e testou três motos, depois pegou capacetes e nos deu.
- Subam nas motos e dirijam até a parte mais próxima do portão.
- O que você vai fazer Mira?
- Você verá.
Subimos nas motos e dirigimos exatamente como ela mandou, depois abrimos os portões completamente.
Ela veio correndo e subiu em cima da outra moto.
- Eu contarei até três, no dois você e Patrick aceleram, acelerem muito mesmo, ok?
- Continuo não entendendo sua idéia Miranda, é sério.
- Fique quieta Kim, você verá.
Ela pegou uma granada e respirou fundo.
- Agora entendi.
- Preparem-se...um...dois...
Ela tirou o pino da granada rapidamente e a jogou perto das naves.
-...Três.
Todos aceleramos e quando já estávamos à alguns quilômetros de distância ouvimos a explosão, dirigimos até a uma pequena parte da floresta que ficava bem perto da cidade e tiramos as lentes.
- Sistema, na escuta?- Patrick perguntou nervoso.
- Positivo Patrick Campbell.
- Mande uma nave para nos buscar o mais rápido possível, por favor, ok?
- Ok, vou mandar o comandante Gregory O'Hansen ir buscar vocês.
Terminaram a missão?
- A missão era se infiltrar e descobrir alguma coisa, fizemos isto, já basta?
- Já, desde que tenham descoberto algo verdadeiramente importante.
- Olha dá para mandar logo a droga da nave?!
- Tudo bem desculpe.
Ele desligou e mandamos nossa localização para os outros sete exterminadores.
Todos vieram rapidamente.
A nave chegou, Greg abriu a porta rapidamente, quando me viu se assustou.
- Kim, você está ferida?!
- Bem...você disse que se precisássemos ferir uns aos outros para ganhar a confiança deles teríamos que fazê-lo.
- Quando chegarmos vou mandar você para a enfermaria, tá bom?
- Não precisa.
- Precisa sim Kimberly, acredite, eu só quero o seu bem ok?
- Por que?
- Tudo tem um tempo Kimberly, você entenderá tudo eu lhe prometo.
- Tá bom.
Quando chegamos eu tive que ir para a enfermaria, lá trataram melhor de meus ferimentos, fui para um toalete que havia na enfermeira, onde tomei banho e troquei de roupa, eu estava definitivamente exausta.
Voltei para o quarto, Patrick estava brincando com Shadow.
- Você ama mesmo esse bichinho não é Patrick?- Eu disse sorrindo.
- Muito, mas tem algo que amo bem mais do que ele.
Ele se aproximou de mim e colocou uma mecha de cabelo minha atrás da minha orelha.
Ambos sorrimos e nos beijamos até perdermos quase completamente o fôlego.
- Nunca imaginei que me apaixonaria assim por uma garotinha.
- É difícil acreditar que estou namorando um babaca.
Eu sorri mais uma vez e ele sorriu também.
- Sabe o quanto você fica linda sorrindo assim, quer dizer, você já é lindo mas quando sorri fica...
- Escandalosa demais?
- ...Não...você fica simplesmente perfeita, é incrível, esse seu sorriso...me deixa louco Kimberly, olhar para você todos os dias me deixa louco, mas é uma loucura tão boa que não quero que meu cérebro esqueça ela nunca mais.
- Você não precisa esquecer esta loucura, não precisa deixar de olhar para ela, essa loucura está bem aqui na sua frente Pat.
- Eu estou perdidamente apaixonado por você Kimberly, por favor não me deixe sozinho novamente se não eu juro que vou pirar completamente.
Eu começei a rir.
- Você é tão bobo, eu não te deixaria, só se você fizesse algo que me magoasse muito mesmo.- Ele ficou sério de repente.- O que foi Pat?
- Nada garotinha, só estou morrendo de sono...eu te amo tá bom?
- Também te amo Patrick.- Ele ia apagar a luz.- Não está se esquecendo de nada?- Eu disse sorrindo irônicamente.
Ele sorriu do mesmo jeito e me beijou de novo, e dessa vez foi bem mais intenso, paramos novamente por falta de fôlego e ele apagou a luz, me deitei na cama e logo adormeci...

Diário de uma sobrevivente_Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora