A queda do império: Parte um

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Nós treinamos arduamente durante duas semanas, apenas para atacar Era, eu aprendi a usar minha força com grande intensidade quando quisesse, Deborah queria matar Era, desejava vê-la agonizando, sangrando, esperneando, aquilo era definitivamente o que ela queria, Debbie queria a morte de Era em nome de Liv, uma vida por outra, um pensamento clássico dos maníacos sedentos por sangue ou vingança.
- Me soltem!!!- Uma garota mascarada de cabelos pretos e curtos estava sendo levada por alguns guardas, ela foi levada até Phillip, fui até lá.
- Espera, antes de fazer qualquer coisa Phillip.
- Não tem o direito de me dar ordens.
- Eu não lhe dei ordem nenhuma em momento algum Phillip, eu só lhe fiz um pedido.
Olhei para a garota.
- Kim?!- Ela me perguntou, reconheci a voz e ela tirou a máscara, era justamente quem eu pensei que fosse.
- Morgie!!!- Abraçei ela.
- Kim, você conhece a garota?- Phil me perguntou.
- É a namorada do meu irmão.
- Confiável?
- Sim.
- Certo mas precisamos nos organizar para ir até o prédio principal se quisermos acabar com o império.
- Vão atacar Era?- Morgana perguntou.
- Sim.- Respondi.
- Eu posso chamar o resto do grupo, pelo menos os que ainda não foram escravizados.
- Escravizaram quantos?
- Mais da metade de nós.
- Mas que droga.
Ela me entregou um aparelho e apertou o botão, vi um ponto vermelho e um azul na tela.
- O ponto vermelho sou eu, e o azul é o local em que estamos, é um GPS, se eu não voltar em menos de duas horas, estarei morta, e Garrett virá para cá ok?
- Tudo bem, tenta não morrer.
- Eu prometo que tentarei.
Ela saiu escondida com Phil e ele logo voltou.
- Acha mesmo que pode confiar nela.
- Eu não tenho dúvidas de sua lealdade, ela é uma das líderes dos "Sobreviventes" nunca faria nada para nos trair ou coisa assim.
- Certo, mas isso vai nos atrasar.
- Temos todo o tempo do mundo quando o assunto é derrubar o império Phil, é uma questão de não ser cabeça dura.
- Nem liga Kim, ele é assim mesmo.- Jazzy disse.
- Não se meta Jazmine!
- Você é um idiota mesmo não é Phil? Clementine enche a minha cabeça com idiotices assim.
- Quem é Clementine?- Perguntei.
- Ela é completamente maluca, assim como eu.
Ela disse piscando sem parar, logo depois começou a rir.
- Jazzy acho que precisa descansar.- Phil disse.
- Quem sabe.
- Jazmine, já chega.- Helena disse, levando-a para outro cômodo.
Nós aguardamos Morgana por um tempo, já havia se passado uma hora e quarenta minutos, Morgie chegou, ela estava com Garry, Cally, Noah, Leslie e Zara.
- Só vocês?
- Infelizmente sim.- Noah disse.
- Estamos felizes por você e Aaron estarem vivos, e não terem se tornado escravos de Era.- Cally disse dando um sorrisinho.
- Ok, já chegaram, já estão aqui, temos um plano e pretendo colocá-lo em prática rápido, certo otários?- Phillip disse.
- Certo idiota.- Eu disse, chamei Aaron e ele veio e pegou minha mão.
- O plano é o seguinte: Nós marcharemos, a Resistência inteira junto com vocês, em direção ao prédio principal, esta madrugada enquanto ela dormir, graças ao informante de Kimberly nós saberemos o horário exato em que ela dorme, ele dará para ela um remédio que a faça dormir, ela não perceberá absolutamente nada.
Nós vamos invadir o prédio principal, todos estarão conosco, pois obviamente todos odeiam Era do fundo de seus corações, do lado mais obscuro deles, tenham fé, hoje Era morrerá, o império chegará ao fim, assim como toda a opressão, toda a submissão, todo o repreendimento, todo o sofrimento que cada maníaco e cada humano presente aqui e na cidade de Chicago! Hoje nos libertaremos da tirana que nos faz de palhaços e escravos estúpidos! Este dia ficará marcado em nossas histórias! Se morrermos hoje, morreremos com grande honra!
Depois do que Phil nos dissera, preparamos armas, tanques de guerra, peguei facas e canivetes e os guardei dentro dos bolsos da minha jaqueta e da minha calça.
Peguei um revólver e uma ak-47, peguei uma mochila e coloquei granadas lá dentro.
Phillip pegou um balde de tinta vermelha e pintou a cara inteira de vermelho, todos fizemos o mesmo.
Peguei um canivete, cortei a palma da mão e gravei o símbolo dos "Sobreviventes" na parede rochosa da gruta em que nos escodíamos.
A noite estrelada e pouco iluminada pelo brilho pálido e suave da lua enchia nossos corações feridos com esperanças.
- Kim?- Aaron disse.
- Sim Aaron.
- Se qualquer coisa acontecer conosco...saiba que estou pronto para morrer ao seu lado.
- Eu estou pronta para morrer por você.
- Isso não acontecer.- Ele me beijou, era longo e suave, estávamos em perfeita harmonia, como se fosse nosso último beijo, como se estivéssemos realmente nos despedindo um do outro.
- Amo você.
- Além do infinito?- Perguntei sorrindo levemente, ele sorriu também.
- Além do infinito.

Diário de uma sobrevivente_Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora