O resgate

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Fomos até o lugar onde eu tinha visto Hunter pela última vez.
- Pegadas- Punch disse.
- O que?
- As pegadas, vamos segui-las.
Olhei para o chão e começei a andar, o resto do grupo fez o mesmo.
Chegamos em lugar, uma espécie de castelo só que bem mais feio e sombrio, começei a ficar com calafrios, será que o medo é suficiente para derrubar alguém? Não sou muito de ter medo das coisas, não tenho fobias ou pavores, meu único medo é morrer.
Tinham dois guardas na frente do local.
- Bull e Punch, vocês cuidam disso.
Eles assentiram e foram chegando por trás deles, quebraram os pescoços deles rapidamente e eles caíram no chão.
- Não era para matá-los, mas tudo bem. - Gun disse irônicamente.
- Vamos fazer assim, Blade e Punch entrarão comigo, o resto nos dará cobertura, todos de acordo.- Archer disse.
- Sim.- Respondemos ao mesmo tempo.
Entramos lá dentro silenciosamente.
Archer estava trêmula, mas Punch não parecia temer nada.
- Ei!!!
Olhamos para trás.
- Quem são vocês?
Um homem disse.
Archer injetou tranquilizante nele e ele logo caiu no chão inconsciente.
- É suficiente mas não vai durar muito tempo, temos que ir.
Eu fomos andando até que alguém agarrou Punch.
- Calma menininha, o que você e suas amigas intrometidas fazem aqui?
Eu peguei minha faca e cravei na perna dele, segurei ela enquanto estava cravada na sua perna e fui enfiando mais fundo, até que parei mas continuei com a mão no cabo da faca.
- Sua vagabunda!
- Soube que tem um novo prisioneiro aqui, aonde ele está?
- Não pode me obrigar a falar!
Pressionei ele contra a parede e apontei a faca para o pescoço dele.
- Eu juro que vou fatiar essa sua maldita garganta se você não falar logo!
- Droga... o subterrâneo, ele tá no subterrâneo, não me mata!
Empurrei ele para Punch.
- Faz o que você quiser com ele.
- Pode deixar.
Ela disse sorrindo diabólicamente e cerrando o punho.
Eu Archer encontramos a escada, quando chegamos ao subterrâneo dois homens nos abordaram.
Archer chutou um deles e jogou o outro no chão.
- Eu me viro aqui! Vai Blade!
Eu assenti e fui correndo.
Achei Hunter em uma cela.
- Hunter! -sussurrei.
Ele se virou para mim, estava muito ferido, seu braço e seu rosto estavam muito ensanguentados e um de seus olho estava roxo e inchado, ele cambaleava ao se mover.
- Blade!
Ele correu cambaleando até a grade.
- Cadê a chave?
Alguém me agarrou pelas costas e me trancou na cela, era o pai do Hunter.
- Você é bem esperta garota! Mas não o suficiente.
Ele entrou na cela e grudou uma bomba na parede.
- Sabe qual é minha especialidade?
- Bombas...
- Exatamente garota.
Ele programou a bomba para explorir em dez minutos.
- Vou morrer, mas levarei vocês dois e o meu reino comigo.
- Pai... por favor.
- Silêncio seu idiota!
Ele deu um tapa na cara do Hunter, Hunter bufou mas continuou calado.
- É desprezível pensar que tive um filho assim com uma mulher tão ingênua.
- Cala a boca e deixa ele em paz!
Ele deu um sorriso apavorante, veio em minha direção e deu um tapa mais forte ainda na minha cara.
Hunter veio em minha direção e colocou a mão no meu rosto.
- Blade, você está bem?
- Seus ratos! Acham que podem me impedir agora? Vocês não são nada! N...
De repente ele parou de falar e caiu do chão, vi que Archer estava atrás dele e tinha atirado uma flecha na cabeça dele.
- Sem ofensas Hunter mas seu pai falava demais.
- Archer! Muito obrigada!
Eu peguei a chave e abri a porta da cela, em poucos minutos a bomba explodiria.
Ajudei Hunter a se levantar e a subir a escada.
Punch ainda estava torturando o homem que havia tentado nos machucar.
- Punch, temos que correr.
- Posso ficar aqui mais um pouco?
- Não, vamos logo
Bull, Gun e Sniper ainda continuavam do lado de fora.
Fomos para uma distância boa.
Nós saímos de perto daquele lugar e logo ouvimos o barulho da explosão.
Voltamos para a Cidadela e fui com Hunter para a casa dele.
Eu o ajudei a se deitar em seu sofá.
- Você está muito ferido, o que aconteceu?
- Meu pai... me torturou para que eu falasse como chegar a Cidadela.
- Você falou?
- Não.
- Fez a coisa certa.
Eu começei a jogar água quente nos ferimentos dele.
- Ai, que droga!
Segurei o braço dele.
- Tenta ficar quieto tá? É pro seu bem.
Eu peguei álcool e joguei nos ferimentos dele, ele se contorcia de dor, mas logo parou, enfaixei tudo.
- Você ficará bem, agora precisa tomar um banho e descansar.
- Obrigado.
- De nada Hunter.
- Patrick...
- O que?
- Me chama de Patrick.
- Ok.
Ele sorriu e fechou os olhos.
- Kimberly.
- Nome legal.
- Obrigada.
- Nem acredito que meu pai foi tão...
- Frio e idiota?
- É.
Ele fez uma pequena pausa para dar um suspiro.
- Minha mãe morreu de depressão por culpa dele.
- Eu sinto muito mesmo.
- Não precisa sentir, você me salvou, eu preciso te agradecer pelo que fez.
- Não precisa agradecer, afinal somos amigos.
Ele riu e abriu os olhos.
- Eu pensei que seríamos só "aliados".
- Para ser sincera, eu também.
Ele sorriu e eu me levantei.
- Sério, você precisa tomar banho e decansar.
- Ok, Boa noite.
- Boa noite.
Fui até a porta e abri ela.
- Tchau Kim.
"Kim" a sensação de ser chamada de "Kim" era de alívio e reconforto, porém era também de agonia e dor. Resolvi ignorar as sensações.
- Tchau Patrick.
Eu saí da casa e dele fui para a minha, chegando lá, eu dormi.

Diário de uma sobrevivente_Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora