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-Soraya Thronicke-


Eu via Simone animada olhando cada peça de roupinha naquela sessão infantil da loja, se deixasse ela levaria todas dali, a pequena cesta já tava quase cheia do que já havíamos escolhido para ele ou ela, até então são roupinhas neutras, completei o primeiro mês.

_Olha amor, se for um menino, esse dá pra ele ir jogar bola, veja_ ela trouxe até mim.

Fiquei com um sorriso bobo no rosto, mas foi mais pela forma como ela me chamou, já fui chamada outras vezes por ela assim, mas a festa das borboletas no estômago é sempre a mesma, no seu chamado eu sinto o seu amor.

_É lindinho mesmo amor_ digo, ganho um selinho dela.

Íamos andando sem pressa, juntas decidimos escolher um conjunto de mamadeira, sendo neutra também, agora eu já tava de volta com meus trabalhos, fiquei uma semana sem ir para o escritório e nesse tempo não havia nenhum caso de audiência.

_Olha a bicicleta_ ela disse e saiu na minha frente.

Só de ver todo esse carinho, esse amor e cuidado que Simone está tendo desde agora, aquece meu coração, se ela é assim com nosso bebê ainda em meu ventre, como não será quando ele estiver conosco, com certeza será a melhor mãe do mundo.

_Nunca vi mãe tão empolgada na compra das coisas do bebê_ uma funcionária da loja me diz.

_Ah, ela é a mãe perfeita_ digo com um sorriso bobo.

_São casadas?_ a moça pergunta.

Olho para a aliança em meu dedo, infelizmente eu ainda sou casada diante da lei, mas o meu grande amor, está logo ali, querendo levar aquela bicicleta com desenhos para o filho que esperamos.

_Vamos casar ainda_ falo, o olhar da moça vai para minha aliança, mas depois desvia.

_Formam um lindo casal_ eu a agradeço.

Caminho até Simone que está conversando com outra moça daquela sessão ali de brinquedos, ouço o que ela pergunta, é o preço da bicicleta e de mais um carrinho também.

_Vocês entregam não é? então vai com o berço e a cômoda_ diz.

_Amor, pra quê bicicleta?_ pergunto.

_Pra ele amor, ah, e o carrinho é esse, deixa separado certo?_ fala pra moça de novo.

_Só você mesmo amor_ dou um sorriso.

_Viu aquele urso? vamos levar_ ela afirma.

_Qual?_ olho na direção que seu dedo aponta.

_É uma graça_ o urso era praticamente maior que eu.

_Simone, isso vai deixar nosso filho assustado_ ela dá uma risada sincera.

_Ele vai gostar amor, dá até pra dormir sobre o urso, é fofinho_ nego com a cabeça, mas estou sorrindo.

A vejo puxar um carrinho e ir colocando almofadas, a banheira, vários ursos, mantas e pacotes de fraldas dentro do mesmo, seguro em seu braço, foi corrido no trabalho e eu já me sinto cansada e com fome.

_Podemos voltar para comprar mais coisas depois amor_ sugiro a ela.

_Tudo bem_ seguimos então pro caixa.

Quem paga toda aquela compra é Simone, e olha que não deu nada barato, eu quis ajudar, pagar uma parte também, mas ela não deixou, entendi, o endereço do prédio foi dado para a loja e logo nós fomos embora dali.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora