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-Simone Tebet-


_Vem amor_ a chamo.

_Só dois minutos_ diz, sorrio.

_Sua mãe demora né filha?_ converso com Jude.

_Tete_ aponta pra deusdete.

_Quer brincar com ela?_ Jude assente.

Me sento no sofá, coloco Jude no chão, sobre o tapete fofinho, deusdete veio mais para perto e deitou, assim minha filha começou a fazer carinho na mesma, depois passou a sorrir com os latidos da peludinha, me envolvi nessa diversão que nem percebi a hora que Soraya desceu até a sala.

_Uau, quanta sorte_ digo quando a olho.

_Está vendo demais_ me levanto.

_Estou vendo a mulher mai linda do mundo_ seguro em seu rosto.

Dou em Soraya um beijo intenso que a faz corar logo em seguida, selo os lábios em sua testa depois, me agacho um pouco e carinho sua barriga, hoje já com os nove meses.

_Oi filho_ começo a conversar com ele.

Fico ali alguns segundos até ficar de pé novamente, sorrio para ela e seus olhos já começam a marejar, logo limpo as lágrimas que ela derrama, Soraya está sensível eu sei, nessa reta final tive toda a paciência do mundo com suas mudanças, até suas brigas comigo eu relevava.

_Vamos então?_ ela assente.

Pego Jude do chão, as chaves de cima da mesinha e caminhamos até a porta de casa, dali saímos com tanta tranquilidade que até agora ainda precisamos nos acostumar com a paz que tanto desejamos ter, entramos no carro, deixei minha filha na cadeirinha, entrei também e já dei partida.

Hoje já estamos morando no Canadá, logo que Soraya completou seus seis meses foi quando nós fizemos nossa viagem, meus pais já vieram juntos, moram em um apartamento não tão longe da casa que moramos, aqui é tranquilo, nos trás paz, tudo o que quis proporcionar a elas.

Quando paro no sinal, olho para Soraya, desço meu olhar depois para sua barriga, levo a mão até a região, a sua logo vem por cima, nos olhamos, sorrimos uma pra outra, pelo retrovisor eu vejo Jude, quietinha em sua cadeirinha.

_Tá sentindo alguma coisa?_ pergunto.

_Não amor, tá tudo bem_ assinto.

Já imaginei a gente saindo para algum lugar e ela sentir dor para querer ter nosso bebê, até sorrio com isso, pois logo lembro do parto que fiz da Jude, mas sol também me deu um grande susto.

_Vamos buscar a vovó amor_ Soraya fala a Jude.

_Logo chegamos_ digo.

Estamos vivendo bem desde que chegamos, o dinheiro que tenho dá para vivermos tranquilas e sem muita preocupação, prometi lhe ajudar a arrumar um emprego novo após o nascimento de Thomas, mas o que estou querendo fazer mesmo é uma surpresa a ela.

Desde que chegamos, passei a procurar por um escritório ou um lugar que ela pudesse construí, quero que ela tenha o seu próprio e não fique em prédios trabalhando e sendo mandada pelos os outros, como era assim no Brasil, e por isso estou fazendo isso para ela.

_Ei amor_ olho pra ela.

_Hum?_ ela sorri.

_O que foi que tá sorrindo?_ estaciono o carro.

_Pensando em nós_ vejo seu sorriso.

_Penso em nós sempre_ beijo sua mão.

Desço do carro logo depois, abro a porta para ela e em seguida pego Jude, que pegou no sono no meio do caminho até aqui no aeroporto, dona Ilda havia também decidido vir morar no Canadá, queria ficar mais perto da filha e dos netos, deixou tudo lá no Brasil para se mudar.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora