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-Soraya Thronicke-


Acordei e não havia a presença de Simone em meu quarto, de imediato me levantei que cheguei a ficar tonta, tudo rodou, precisei me sentar, aguardei alguns segundos e fui para o banheiro fazer minha higiene.

_E se foi tudo um sonho?_ pergunto-me diante do espelho.

Baixo a cabeça novamente e continuo lavando meu rosto, passo um pequeno produto como todas as manhãs, a casa tá em um silêncio total, o que agora me incomoda, ontem eu dormi com minha segurança segurando minha mão, e acordo sem ela aqui.

_Soraya? levantou?_ mas então ouço sua voz adentrar o quarto.

Um sorriso sincero aparece em meu rosto, ela está aqui mesmo, dormiu aqui essa noite e não foi nenhum sonho meu, aquele atentado aconteceu mas ela veio até mim, não foi sonho ou pesadelo.

_S-sim, já saio daqui_ enxugo meu rosto.

Dou uma penteada no meu cabelo, o amarro em um coque alto, passo um protetor labial, apago as luzes do banheiro e saio do mesmo, a encontro perto da minha cama, segurando ainda uma bandeja de café em mãos.

_Fui preparar para você_ meu coração só falta sair do peito por presenciar esse ato.

_Oh Simone_ eu sento logo que ela me manda.

_Não sei o que costuma tomar, então fiz e trouxe um pouco de tudo_ me ajeito melhor na cama.

_Você caprichou hein_ comento com um sorriso.

_Porque você merece_ a gente se olha.

Seu olhar hoje parece estar um pouco mais claro que os dias anteriores, ou é apenas a luz solar adentrando o quarto e causando esse efeito? não, sei, só sei que continuo a admirá-lo também, nesse momento os tenho mais perto de mim do que outra coisa.

_Me dá um beijo_ peço.

_Até mais de um_ sorrio com sua aproximação.

Uma mão sua, leve e firme ao mesmo tempo, segura em meu rosto, toque simples que já me faz arfar, por quê pareço uma menina virgem perto de alguém que tem sentimentos? porque é dessa maneira que me sinto.

Na verdade é assim que passei a me sentir em sua presença, segura e com o desejo de ter ela comigo ao meu lado, isso nunca me aconteceu antes, até quando eu era solteira não me sentia atraída assim por alguém.

Mas aí Simone surgiu, mexeu comigo de uma maneira surpreendente, passei a sentir coisas que nem sentia pelo meu próprio marido, eu realmente estava me apaixonando por uma mulher, e ela é minha segurança.

_Agora sim, bom dia_ sussurra ela contra meus lábios após o beijo.

_Bom dia_ digo com um sorriso.

_Coma, tem que se alimentar_ a vi levantar.

_Onde vai?_ pergunto.

_Arrumar algumas coisas na sua sala_ diz e então sai.

Fico sozinha no quarto, nem tenho tempo de perguntar se ela já tomou o café, nem mesmo pude convidá-la para me acompanhar com o mesmo, comecei a bebericar meu café puro, que tava ótimo por sinal, bem melhor que o que eu faço.

_Vá fazer companhia para ela, vá_ carinhosamente digo a deusdete.

A peludinha permanece perto da cama, logo algo chama sua atenção e ela vai cheirar, é uma peça de roupa que está próxima da cadeira que Simone estava, com cuidado fui tirando a bandeja da minha coxa para pegá-la, mas então deusdete resolveu aprontar.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora