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-Simone Tebet-


_Oi filho, bom dia_ sussurrei, logo deixei um beijo na barriga da sol.

Olhei para a mesma, seus olhos ainda estavam fechados, ela dormia tranquila, voltei a atenção para sua barriga, comecei a carinhar a região mais crescidinha, Soraya havia completado os seis meses agora, e logo mais, pela tarde, saberemos se será um menino ou menina.

_Mamãe nunca esteve tão ansiosa como está hoje_ vou dizendo.

Faço desenhos em círculos com meu indicador sobre o local, e quando ele ou ela chutar? será uma alegria e tanto, em uma conversa nossa com meus pais, eles disseram que eu fui danada em chutar bastante, sorrio ao lembrar.

_Quando você irá chutar?_ pergunto.

Deixo novos beijos naquele lugar especial, e fico um pouco abraçada a sol por sua cintura, tudo tava indo muito bem por aqui, fiz um parar e mandei para o inferno, mas ainda há quem esteja testando o limite da minha paciência, a qual está se acabando aos poucos.

_Vou preparar um café da manhã gostoso pra vocês_ beijo novamente ali e levanto.

Sol continua dormindo, apenas se encolhe mais quando eu jogo o lençol para lhe cobrir melhor, baixo um pouco a temperatura do ar, deixando média, logo saio do quarto, já havia feito minha higiene matinal, só quis ter aquele momento de conversa com meu bebê, se tornou sagrado.

_Bom dia tete_ ela vem até mim e cheira meu pé, costumeira mania dela.

Vamos juntas para a cozinha, baby está sobre a mesa, lhe faço um carinho também, começo a preparar o café da Soraya, daqui a pouco seu dia se torna cheio, são duas audiências seguidas e mais um caso que ela resolveu pegar.

Sei que não posso impedi-la com seu trabalho de anos, mas senti vontade de pedir a ela para dar uma pausa, após esses casos que ela resolvesse, eu só queria que ela se sentisse em paz um pouco, a qual já está sumindo de nossas vidas de novo.

_Se você acha que vai sair por cima dessa situação, tá muito enganado_ murmuro.

A felicidade de Soraya estava explícita em seu rosto e olhar quando fomos na chácara aquele dia, fiz ela se divertir bastante e andar a cavalo como tanto desejou, mas depois que voltamos pra cidade, que sua semana de trabalho começou, perseguições voltaram a acontecer.

Agora eu fico na dúvida se ainda seja do homem o qual ela perdeu o caso, não pode ser que ele vai fazer isso até o fim da vida dele, mas duas pessoas ainda passam por minha cabeça, o ex marido e aquela infeliz da Leila, chegou um presente aqui e ninguém sabe quem mandou, era um ursinho de pelúcia.

_Tete, não pode tete, é ali_ chamo a atenção da peludinha.

Estava tão distraída com os pensamentos que não percebi a deusdete estar fazendo xixi fora do lugar que Soraya havia ensinado, a pequena fez perto da mesa, ficou um laguinho no chão, limpei depressa.

_É naquele tapete rosa, está vendo?_ aponto pro mesmo.

Pareci mãe dando bronca no filho quando faz besteira, a campainha tocou, o café que eu tava fazendo já tava quase todo pronto, resolvi ir atender para não insistir muito e acordar a sol, mas ao chegar perto da porta e olhar pelo olho mágico, já senti a raiva dentro de mim.

_Leila, o que você quer aqui porra?_ pergunto quando abro uma fresta da porta.

_Não posso vim fazer uma visita a mamãe do ano?_ semicerro meus olhos pra ela.

_Eu não te quero aqui Leila, para de nos perseguir, você está louca_ esbravejo.

_Simone, por quê não voltamos pra o que tínhamos antes? você se divertia comigo_ diz.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora