°A segurança particular°

(35)

-Soraya Thronicke-
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Dos sete meses de gestação até o oitavo de agora, foi muito problemático para mim, eu cheguei a deixar alguns casos de lado e isso me levou a ter um sério problema no prédio que trabalho, com isso, eu acabei perdendo o meu cargo ali, havia perdido meu emprego e dois casos que tinha pego.

Minha barriga tava maior, minhas pernas não paravam mais de doer, todo dia tem sido uma dor nova, mas mesmo assim com tudo isso eu quis arrumar um lugar para trabalhar, até eu conseguir vender minha casa e arrumar um cantinho pra ser meu escritório.

_Ei, bom dia_ vejo Simone adentrar o quarto e me olhar surpresa.

_Sim, meu sono foi embora_ digo.

_Quer que eu vá buscá-lo pra você?_ sorriu.

_Fique aqui comigo_ peço.

_Tá sentindo alguma coisa?_ pergunta.

_Não amor, apenas fique_ ela senta ali.

_Está preocupada?_ assinto.

_Queria arrumar um novo emprego em algum escritório_ falo.

_Quer fazer isso ainda agora?_ sei que se referia a minha gestação final.

_Sim, não quero ficar parada_ faço uma expressão de dor.

_Aquele caso se mantém de pé?_ olho pra ela.

_Eu acho que ainda sim, até ontem estava_ dou uma risadinha.

_Louco seria ele de perder uma advogada incrível como você_ diz.

Dou um sorrisinho, apesar da tempestade que estou enfrentando com essa situação, Simone está aqui comigo, não deixando de segurar minha mão, chegou até a entrar em contato com conhecidos de algum escritório, está aguardando por respostas deles.

_Está com fome?_ digo que sim.

_Mas eu quero levantar, tô cansada de tá deitada já_ ela sorri.

_Tudo bem senhorita, vamos lá_ recebo sua ajuda pra levantar.

Meus passos estão mais lentos que de antes, mas tudo isso é pela nossa pequena Jude que estou carregando, dói aqui, dói ali, mas tudo é por uma boa causa, pra que logo em breve eu tenha nossa filha em meus braços.

_Oi tete_ falo com a pequena que veio até a escada.

_Adivinha o que ela fez mais cedo?_ olho pra Simone.

_Fez xixi fora do tapete?_ ela nega.

_Fez sobre o meu pé_ não seguro a risada.

_Tete, isso não pode filha, tem o tapete pra fazer_ digo a peludinha que não entende.

Chegamos na cozinha e quis ajudar Simone a preparar um bolo de chocolate, era o que eu tinha acabado de desejar naquele momento, depois de levado ao forno, fomos nos aquietar no sofá da varanda, como ela sugeriu.

_Ai Simone_ murmuro.

_O que foi? tá sentindo dor?_ pergunta preocupada.

_Faz uma massagem amor, por favor_ peço.

_Onde está doendo?_ digo ser na costa.

É um dos lugares também do qual tenho sentido dores bem intensas, mamãe me avisou, dona Fairte também, que eu sentiria, mas não sabia que doía tanto assim, as mãos firmes de Simone vão massageando o local devagar, solto gemidos baixinhos, porque ainda dói.