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-Soraya Thronicke-


Eu e Simone estávamos de frente uma pra outra nesse exato momento, em sua cama, em seu quarto, cobertas até a cintura pelo fino lençol, o frio que faz da chuva lá de fora pela janela entreaberta me arrepia os pêlos dos braços e a espinha.

_Precisamos ter cuidado_ digo a Simone.

Nossa nudez está visível mais aqui em cima, nossos seios estão de foras do lençol, roçando um com o outro, arfo apenas com esse toque mínimo desse momento, Simone é minha perdição sempre.

_Cuidado com?_ seus olhos estão em mim.

Carinho seu rosto macio, ela dá um sorrisinho e eu sorrio também, mais cedo fizemos um amor gostoso, agora estamos nos recuperando, logo tem trabalho.

_Seus pais vão chegar, não podemos extrapolar_ a olho.

_Saberemos fazer_ ela entende do que estou falando.

Sou virada na cama e ela fica por cima me cobrindo com seu corpo perfeito, nossos seios ficam mais colados um no outro, seu membro roça minha barriga, sorrio entre o beijo e gemo quando sua língua invade minha boca.

_Linda_ seu polegar carinha próximo ao meus lábios.

_Você amor_ falo lhe olhando.

Nosso beijo volta de novo mas não passa disso, e por um lado foi bom pois logo depois que fomos pro banheiro, eu acabei vomitando dentro do box, mas também, as loucuras que fizemos na noite de ontem e no nosso amanhecer, era de me causar essas coisas.

_Nosso filho não gostou das brincadeiras das mães dele_ digo.

_Não filhão?_ ela se agacha.

Tenho Simone ajoelhada em minha frente, carinhando minha barriga que continua do mesmo jeito ainda, não mudou nada por enquanto, agora que chegou o segundo mês.

_Preciso te dizer uma coisa_ logo ela levanta.

_Pode dizer_ sinto um mecha do meu cabelo ser afastada.

_Preciso que me leve em um lugar_ me sinto nervosa.

_Fui contratada para isso, e estou aqui para isso_ dou um sorrisinho fraco.

A olhei profundamente, há carinho em seus lindos olhos, minha última ida naquele lugar me resultou em machucados e quase na perca do meu bebê, e é para lá que preciso ir hoje, querendo ou não.

_Em casa, quero que me leve em casa_ de qualquer forma é minha mesmo.

_Você quer fazer o quê lá?_ pergunta.

_Tenho documentos, pastas que preciso do trabalho, essas coisas estão lá ainda_ falo tranquila.

_Não queria que você voltasse mais lá_ diz.

_Eu também não queria ir, mas essas coisas ficaram lá e eu preciso pegá-las_ a vejo respirar fundo.

_Tudo bem, eu entendo, eu levo você_ terminamos o nosso banho.

Como eu iria para o escritório, me arrumei de forma profissional, tomamos nossos café sem muita conversa, fiquei repensando se iria mesmo, mas preciso desses documentos também, um pouco da minha vida, que é sobre o trabalho, está tudo lá onde eu morava.

_Vamos_ Simone surgiu na porta do quarto.

Peguei somente minha bolsa, lado a lado saímos e pegamos o elevador, ali foi silencioso também, coisa agoniante para mim que me acostumei a não viver calada ao lado de Simone.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora