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-Simone Tebet-


_Vem, segure aqui em meu braço_ digo a ela.

_Com calma_ contamos até três.

_Isso, muito bem, pronta?_ pergunto.

_Sim, vamos_ ela me dá um sorriso fraco.

_Não esqueça da vitamina tá bom? e de que na próxima semana já há a primeira consulta_ avisa a doutora.

_Pode deixar doutora, ela virá_ a de jaleco assente.

Pego a bolsa que eu havia trago com algumas roupas de Soraya para os dias que ela passou aqui se recuperando, no seu antebraço já não há mais a faixa que tinha antes, mas dá para ver ainda que tá machucado.

_Quero saber uma coisa Simone_ ela volta a falar quando saímos do quarto.

_O quê?_ paramos no corredor.

_Ela trabalha mesmo de verdade aqui?_ pergunta.

_Está falando da Leila?_ a loira assente.

_Ela trabalha mesmo aqui?_ assinto.

_Sei que era enfermeira, mas aqui eu não tava sabendo que ela estava trabalhando_ digo.

_Entendi, e você sabe se ela tá de plantão?_ dou um leve sorriso.

_Ela foi suspensa pelo o que fez com você naquele dia sol_ explico.

_Ah_ sua cabeça baixa.

_Vamos_ Soraya concorda.

Fomos andando em passos lentos, pegamos o elevador, por um momento esqueci do que me fez ficar envolvida na vida de Soraya, que não cuidei de reparar quando já íamos pelo estacionamento pegar meu carro.

_Entra depressa sol_ mando, um pouco alarmada comigo mesma.

_O que foi?_ ainda pergunta.

Fecho a porta do lado que ela entra, vou para o meu lado sentar também, mas antes, olho ao redor agora, estava tudo tranquilo, entrei, bufei irritada comigo mesma, não posso falhar.

_Viu alguma coisa?_ lhe olho.

_Relaxe, foi alarme falso_ carinho sua bochecha.

_Você tá bem?_ ela me olha.

_Tenho você ao meu lado, estou sim_ lhe roubo um selinho.

Saí do estacionamento, parei em uma padaria, comprei alguns doces para Soraya que ela desejava minutos antes, achei melhor ela comer em casa mesmo, há aquele traste do infelizmente seu marido ainda, no papel, não sabemos por onde ele anda.

_Simone, você avisaria minha mãe?_ com receio, ela me pergunta.

_Só esperei você me dizer_ dou partida pro meu apartamento.

Até então durante todos aqueles dias que Soraya esteve no hospital, aguardei por ela me dizer algo para que eu avisasse sua família do que aconteceu, por isso, até agora quem está sabendo de tudo é somente eu, nem para minha amiga eu contei.

_Já imaginou?_ a olho rapidamente.

_O quê?_ pego outra rua.

_Em breve minha barriga vai começar a crescer_ diz.

_Isso te assusta?_ pergunto.

_Me conforta, eu tô carregando o nosso filho aqui_ ela põe a mão na barriga.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora