-Simone Tebet-
▼
▼
▼Deixo Soraya entrar, assim tenho certeza de que agora está mais segura, já dentro de sua casa, continuo ali em pé, no gramado, parada, com as mãos no bolso, vejo a sombra dela e de seu marido, daqui dá para ver, mesmo com a cortina cobrindo a janela, ele se aproximando dela para dar um beijo, eca.
_Será que ela ama ele?_ pergunto para o nada.
Eu sempre percebi as coisas muito rápidas, desde quando ainda era criança, e cresci assim, notando tudo que está fora do controle, o que chama então minha atenção para analisar a tal situação da qual me vejo diante.
E foi isso que percebi, quando cheguei para buscar ela, fui apresentada à ele, na hora que ela já iria, ele quis lhe dar um beijo, e ela esquivou, com isso, ele deixou o beijo no rosto, e não nos lábios.
_Por que uma esposa se esquiva do beijo do marido?_ a resposta é fácil.
Na minha análise, percebo que pelo menos da parte dela, não há amor, se caso um dia houve o mesmo, há desprezo da parte da loira, quis até rir quando eu vi tal cena, mas me contive, esse meu lado crítico não combina com meu serviço.
_Babaca_ murmuro quando percebo que ele dá um beijo nela.
Saio andando tranquilamente pelo gramado, olho ao redor, nada de estranho, entro no meu carro, logo inalo o doce perfume daquela loira, seu cheiro ficou aqui dentro, ligo meu veículo, e dou partida, indo para meu apartamento.
_Agora posso agir sendo eu mesma_ digo.
Desabotoei alguns botões de minha blusa social, o blazer deixei no banco ao lado, liguei o som, uma música suave tocava, aumentei o volume e fui cantarolando até chegar em casa, deixei o carro na garagem e desliguei o mesmo.
_Mas o que..._ me calo ao ver o que vi no banco de trás.
Havia uma pasta de cor preta, só percebi agora isso ali, diante desse caos na vida de Soraya, sua cabeça deve estar longe, é o que posso imaginar quando alguém se vê nesse estado, sofrendo ameaças.
_Amanhã entrego à ela_ pego e saio do carro.
Entro no elevador, aperto o botão para meu andar, para e um morador entra, me cumprimenta, seguimos em silêncio, ele chega em seu andar, e eu dou continuidade para o meu, até que chego.
_Boa noite baby_ digo ao entrar e vê-la ali.
Lhe faço um carinho com meu dedo em sua cabeça, novamente encontro alguns jornais jogados no chão, arte da baby, ela costuma fazer isso com qualquer papel que vê, a danadinha.
_Já disse que não pode, lembra?_ pego uma maçã na cozinha.
Volto para a sala, me sento no sofá e me encosto, tiro os saltos dos pés e os deixo livre, estavam doloridos já, a pasta na mesa de centro que eu coloquei me chama a atenção, logo atiça minha curiosidade.
_Ela deve estar agoniada agora atrás disso_ digo.
Penso em lhe ligar, pois agora temos o contato uma da outra, caso haja algum imprevisto da parte dela, assim, preciso imediatamente ser avisada, mas amanhã nos veremos novamento, assim como nos próximos dias, até que tudo fique em ordem na sua vida de novo.
_Você espera até amanhã_ levanto e levo a pasta comigo.
Deixo em meu quarto, sobre a cômoda, tiro minha roupa, ficando nua, sigo pro banheiro, quero relaxar, decido usar a banheira, deixo tudo preparado, pego um vinho branco, uma taça está de bom tamanho nesta noite.
VOCÊ ESTÁ LENDO
°A segurança particular°
FanfictionA vida da advogada Thronicke se torna um completo caos quando ela perde um de seus casos, diante disso as ameças já prevista pela mesma logo surgem, e com isso ela é aconselhada a contratar um segurança. A contratada para esse caso é Simone Tebet, c...