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-Simone Tebet-


Soraya não sai da minha mente, essa loira tomou conta da minha cabeça que não consigo mais tirá-la, e depois que tivemos aquele primeiro beijo em seu escritório, ah, foi ali que ela ocupou um espaço em outro lugar do meu ser, o meu coração, daqui mesmo que ela não sairá mais.

_Porra Soraya_ murmuro.

Estou de olhos fechados agora, na minha sala, que está em completa escuridão, não liguei ainda as luzes, cheguei não tem muito tempo do trabalho, deixei ela minutos antes em sua casa em total segurança, concluímos mais uma semana hoje, mas porra, ela ficou com aquele imbecil.

_Droga_ jogo um travesseiro no chão.

Agora a deixei nas mãos daquele infeliz, que tem o prazer de beijar aquela boca que eu amei ter beijado, vai deitar e colar seu corpo ao dela, de forma mais íntima possível, ela vai pra cama com alguém que não ama, ele fará ela gozar quantas vezes quiser, esse pensamento me faz criar raiva.

_E eu não posso fazer nada_ murmuro.

"Pode fazer sim", aquela vozinha aparece me dizendo tais coisas, mas como poderei fazer pra tirar ela das mãos daquele homem e ter ela pra mim? como? ele a maltrata, isso não se faz com mulher nenhuma nessa vida, a Soraya e todas outras mulheres merecem serem amadas e cuidadas, não espancadas.

_Ai Soraya_ decido me levantar.

Jamais estive nessa situação como estou hoje, nunca tive dúvidas, receios, nada disso relacionado à alguma pessoa, se eu quisesse eu ficava e pronto, era só esperar a próxima, mas agora nem isso eu quero mais, depois daquele beijo não quis mais ficar com outro alguém que não fosse ela.

Ando até meu quarto, aos poucos minha roupa vai parando no chão e eu fico nua, a imagem de Soraya daquele dia no hospital invade minha mente de maneira intensa, aqueles seios redondos, aquela bunda, ela com aquela fina calcinha, puta que pariu, não quero fazer nada precipitado pensando nela, se fazer que eu faça com ela.

_Sua danada_ vou para o banheiro.

Resolvo usar a banheira hoje, preciso mais que tudo relaxar, mas como relaxar se a mulher que tá tirando seu sono vive em seus pensamentos vinte e quatro horas?

_Alexa_ peço para pôr uma música.

Relembro o nosso segundo beijo, no carro, no dia que fomos para aquele restaurante, Soraya não ligou para seu casamento, simplesmente quis me beijar ali mesmo, estando em frente a sua casa, embora estivéssemos ainda no carro.

_Merda_ suspiro.

Passo a mão por minha coxa, subo e paro em meus seios, acabo massageando-os, começo a me remexer um pouco na banheira, inquieta com todos aqueles pensamentos que existe ela, eu iria aprofundar mais os meus toques, porém o toque do meu celular me fez parar.

_Justo agora?_ solto outro suspiro.

Estico um pouco meu braço para que possa alcançar meu celular, não escondo o pequeno sorriso que faço quando vejo quem me liga, e mais, liga por chamada de vídeo, atendo.

_Oi loira_ encosto novamente a cabeça na borda da banheira.

_Ei morena, no banho?_ pergunta.

_Sim, a hora que relaxo_ sorrimos.

_Isso é bom, já tomei o meu, agora já tô deitada_ diz.

_Comeu alguma coisa?_ pergunto.

_Alguns morangos_ fala.

_Apenas isso?_ ela assente.

°A segurança particular°Onde histórias criam vida. Descubra agora