°A segurança particular°

(24)

-Simone Tebet-
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Tudo o que eu não queria estava voltando a acontecer com a sol novamente, e agora se torna um risco maior porque ela tá grávida, Soraya carrega no ventre o nosso filho, que foi descoberto por alguém que não deveria saber de nada da nossa vida, mas hoje nossos pensamentos iriam mostrar que estávamos equivocadas até então.

_Vamos Simone, a Karen me ligou, vamos, precisamos ver quem..._ corri rápido até a escada.

_Por Deus mulher, tenha cuidado_ a segurei com cuidado.

_Não vi amor, desculpa_ mas ela fez uma expressão de dor.

_O que tá doendo?_ pergunto.

_Não é nada, vamos..._ sol e sua teimosia.

_Diga logo sol, torceu o pé? você pisou no outro degrau_ isso fez ter um pequeno impacto.

_Acho que não, só deu uma fisgada_ ajudo ela terminar de descer.

_Pegou suas pastas, bolsa?_ ela me olha, só tava com o celular.

_Esqueci, mas espera que..._ fiz ela ficar sentada.

_Eu pego_ segui pelas escadas.

Entrei em nosso quarto e logo peguei suas coisas que ela havia deixado arrumado sobre a cama, saí dali e quando passei pelo corredor olhei pro outro quarto, o que me fez parar, e sorrir.

Nosso filho ainda irá completar os dois meses mas o seu quartinho está todo arrumado já, mas preciso pintá-lo, a cor do ambiente ali era neutra também, preciso deixar uma cor mais agradável.

_O que foi amor?_ pergunta Soraya quando desço.

_Tava vendo ali o quartinho do nosso filho_ ela me dá um sorriso.

_Ficou lindo, graças a você_ diz.

_Ficou lindo graças a nós_ dou um beijo sua testa.

Depois daquela confusão em seu escritório quando recebeu aquele envelope, ela ficou em casa e sem ir para lugar nenhum por dois dias apenas, e foi o tempo que eu a animei e fomos começar a arrumar as coisinhas dele ou dela.

_Podemos ir agora?_ ela assente.

Dona Ilda não soube disso, a filha não quis contar e deixar a mãe mais preocupada ainda, ela já ama também esse netinho que espera, e daria de tudo de si para proteger os filhos, assim como a sua única princesinha, como costuma dizer, sol é a única filha entre os três filhos homens.

_A gente vai comer alguma coisa antes de ir pro escritório?_ ela pergunta.

_Mas tomamos café da manhã amor_ falo.

_Eu tô com fome de novo, tô com fome de algo doce_ a vejo passar a língua nos lábios.

_Passamos, tá bom?_ vejo sua animação.

Nunca me vi fazendo tantas vontades para alguém nessa vida como tenho feito por ela, e não me arrependo nenhum pouco de me envolver com Soraya, indo além do profissionalismo, coisa que jamais fiz.

Mas seria Soraya, não fui nada com os outros porque eu precisava ser com ela, iríamos nos encontrar em algum momento e ali nasceria o amor que eu sentiria por uma pessoa, sendo além dos meus pais.

_O papai vai querer ensinar ele ou ela a jogar sinuca_ digo.

_Nosso filho vai adorar as brincadeiras do avô_ sorrimos.