CAPÍTULO 16 - O aniversário de Cecília!

1.5K 176 34
                                    

Capítulo 16 - O Aniversário de Cecília!
Pov. Narrador 

Luiza acordava abrindo o olho lentamente, sentia uma dor enorme ao tentar levantar a cabeça, seu corpo estava dolorido, quando olhou sua mão ela estava ralada, não fazia ideia onde estava e o que tinha acontecido. Na sua têmpora esquerda estava dolorido também, levou a mão tentando conter o desconforto. Passou o olho em volta e estava em um apartamento rústico vamos assim dizer, estava seminua, vestia apenas sua camisa social branca suja e cueca. Sua cabeça estava uma confusão. Que merda ela tinha feito agora, ficou desesperada por um momento, até que uma desconhecida apareceu vindo de uma porta que devia ser a cozinha já que ela vinha com duas xícaras na mão, o que indicava ser café. 

X — Ei estranha!! Deve tá achando que te sequestrei né, mas não! Toma o café primeiro você tá precisando depois de ontem.. — fala risonha com um sotaque estrangeiro forte.

L — Não posso tomar, tô de castigo, minha filha me proibiu de tomar café por uma semana… — Fala e a mulher na sua frente solta uma gargalhada alto.

X — Filha ou hater!! Olha Cecília é brava viu! Pegou pesado no castigo! Mas sério, esta sentindo melhor? — Fala sentando na mesa de centro na sua frente. Sua fala é engraçada, o que faz Luiza achar diferente.

L — Estou bem eu acho, mas sem querer ser babaca, qual é o seu nome? E como eu vim parar aqui? Porque eu tô sem roupa e machucada e como você sabe o nome da minha filha? — Fala rápido ansiosa.

Gê — Vamos lá! Meu nome é Genevieve Freeman, mais prefiro que me chame só de Gê, você está na minha casa que é próxima do bar onde nós estávamos ontem. Eu não estava em um dia bom também, vamos dizer assim e você estava na fossa, bebemos várias doses juntas amarguradas, você me contou sobre sua princesa e todas as merdas que você fez com ela e com a morena dos olhos verdes, e as coisas que você passou por causa do seu amiguinho aí! — Fala e aponta para o meio das pernas da empresária. — Ai eu falei que ia ligar para alguém te busca porque você não tinha condição de dirigir, mas você começou chorar, segurou firme o desenho da sua filha contra o peito e falava coisas meio pesadas e estranhas, levantou do nada e entregou várias notas para o cara do bar e saiu perdida de lá cambaleando e eu fui atrás de você, fiquei preocupada você não estava bem emocionalmente, mas o tive que pagar a minha conta antes, quando cheguei lá fora, foi tudo muito rápido, você quis se jogar na frente de um carro e só deu tempo de te empurrar para o passeio, aí caímos juntas e você se descontrolou falando que tinha que acabar com tudo, sua saia ficou toda suja de lama, na queda você bateu o rosto e arranhou a mão, o braço e a perna, então depois que você se acalmou um pouco eu consegui te arrastar até aqui em casa e te limpei como deu e tirei sua saia. Mais foi com todo respeito, eu só tirei sua saia porque ela estava sem condição de suja. Seu celular rachou a tela e descarregou. Eu guardei ali com sua bolsa. Como eu não tenho esses iPhone mais novos eu não tinha o carregador para ele, por isso não coloquei ele para carregar e devem estar preocupados com você pois antes de descarregar ele estava cheio de mensagens e ligações. —  Fala calmamente e bebe um gole de café.

L — Obrigada pela ajuda e desculpa qualquer coisa. O que eu puder fazer para compensar toda essa situação, me fale. 

Gê — De boa Luiza, de coração mesmo, eu acho que você deveria fazer o que me contou ontem a noite. Você precisa dá um tempo e se cuidar, se cuidar para que sua filhota tenha a chance de conhecer você melhor. Eu sempre falo que mandam a gente perdoar e seguir em frente, mais a real é que a gente nunca esquece mais aprende a lidar com esse bagulho todo. O que fizeram com você foi errado, você é perfeita. Como te disse ontem sou interssexual também e entendo todo esse bullying que a gente sofre, te falo que se você não fosse tão apaixonada pela sua mulher eu até tentava a sorte com você, sou mente aberta! — Fala e começa a rir com a cara que eu faço, eu nunca tive contato com outras pessoas interssexuais que falasse assim tão abertamente. — Essas paradas que fazem com a gente quando a somos  crianças ou adolescentes ferram com a mente, mas você vai dar a volta por cima, porque você tem alguém para acordar todo dia, sua Cecília. Agarre só que a vida está te dando, do seu passado na escuridão, tem um relicário lindo no meio que tá emanando luz e só você pode cuidar disso. Pronto! Agora já gastei toda minha semana de terapia, tu tá me devendo! — Fala e empurra a outra pelos ombros.

JUST A WEEKOnde histórias criam vida. Descubra agora