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CAPÍTULO 11 - Vai ficar tudo bem

Capítulo 11 - Vai ficar tudo bem
Pov. Valentina Ferreira

Acordei com um pouco de dor de cabeça, ontem dormi bem tarde, depois que fiquei monitorando Cecília. Acordei ela dando vários beijinhos, ela solta um tosse fraca o que piora minha preocupação, mas pergunto se ela está sentindo alguma coisa mais ela fala que está bem, então faço nossa rotina de manhã, fizemos toda a higiene e trocamos o sensor e o cateter da sua bomba de insulina, esse procedimento fazemos sempre.

Eu tentei por um tempo consegui a bomba pelo estado e pelo plano de saúde mais não consegui no tempo que ela precisava, e como era de urgência acabei pegando um empréstimo para poder comprá-la. Não teve jeito. Ainda estou pagando só não quitei porque os insumos dela pegava praticamente noventa e cinco porcento do meu salário como secretária. Mais é uma tranquilidade poder dar mais qualidade de vida para ela e poder monitorar ela remotamente e evitar que ela passe mal sem sabermos quando ela está na escola, quando ela começou a frequentar a escola tivemos uma situação traumática, que se não fosse esse aviso remoto ela quase teria ido parar no CTI porque teve festa de aniversário de um coleguinha e ela era pequena e a professora nova esqueceu e deixou ela comer os doces, bolos, refrigerante, sua glicose subiu quase levando ela a um coma.

Nunca rezei tanto, sai em disparada da empresa, não vi nada e nem avisei a Luiza, no outro dia Luiza acabou comigo, tive que praticamente implorar para não ser mandada embora por ter largado ela no meio da reunião dos acionistas. Respiro fundo lembrando dessas situações. Coloco uma roupa nela bem fresquinha hoje esta meio abafado. E fomos tomar café. Assim que chego na cozinha vejo minha mãe passando o café e tirando o pão de queijo do forno. Uma delícia minha boca já enche de água.

V - Bom dia mãe, bença! Cadê o pai? - perguntei.

C - Bom dia vozinha! Bença! - minha filha corre e abraça as pernas da minha mãe.

Joana - Bom dia meus amores, Deus te abençoe minhas meninas! Saiu, foi compra algumas coisinhas que estavam faltando para nosso almoço. - disse. - Sentem acabei de tirar o pão de queijo, já vou fazer seu leitinho quente separado e o seu café mais fraquinho na outra xícara bonequinha e o café tá fresquinho filhota. Suas frutas então cortadas todas separadinhas bonequinha tem que comer tudo hein!

V - Obrigada mãe, minha barriga até roncou agora sentindo esse cheirinho maravilho. - Falo sorrindo indo pegar os pães de queijo para comer com doce de leite e goiaba com queijo minas. E uma xícara de café quentinho.

C - Obrigada vó! Mãe depois deixa eu ir brincar lá na varanda. - disse com a cara de pidona, que me lembrava muito Luiza.

V - Claro meu amor, mas não saia de lá por favor. - Foi só responder e ela praticamente engoli tudo para ir correndo brincar, meu pai vem entrando na casa e vindo ao nosso encontro com Vitória já abraçando minha pequena, essas são amigas desde pequenininhas.

Osmar - Minhas meninas - meu pai disse e formos ao seu encontro lhe abraçando. - Minha bonequinha está melhor hoje? - falou se referindo a Cecília e ela balança a cabeça.

C - Bença vovoooooô Tô boazona! - falou.

Osmar - Deus te abençoe meu amor! - Fala dando um beijo em sua cabeça. - Tá bom, agora vai brincar, eu trouxe morango fresquinho que você gosta e pode comer, vou lavar direitinho e por para gelar está bem?! Mas tarde você come tudo para ficar forte. - E Cecília abriu o sorriso em agradecimento e saiu correndo.

Ficamos ali jogando conversa fora até eu me levantar para começar a arrumar nossas coisas, falta dois dias para irmos embora então tinha que vê o que precisava ser lavado e já deixar tudo organizado. Depois de três horas arrumei as malas e deixei só as coisas necessárias para fora, separei as roupas sujas para lavar mais tarde e fui ver como estava Cecília na varanda. Quando cheguei na janela vi ela brincando e estava bem. Ela ia sentir falta, dessa vez passamos um tempo maior, geralmente ficamos só uma semana.