CAPÍTULO 03 - Dançando conforme a música

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Capítulo 03 - Dançando conforme a música
Pov. Valentina Ferreira

Ficamos ali conversando um pouco até que sinalizei para a Luiza que estava cansada e precisava dormir, nos despedimos e fomos em direção ao quarto, estava mais quieta pensando que papo ruim foi aquele da aprendiz de crepúsculo.
Assim que entro no quarto já pego meu pijama e vou para o banheiro me trocar, quando saio vejo que Luiza já se trocou e estar com uma calça de moletom preta e uma camisa branca de algodão, essa peste fica mais linda ainda, quanto mais comum mais gostosa se torna... Valentina toma vergonha na cara que essa aí nem é a chave de cadeia é a penitenciária inteira. Chamo atenção dela para ver como faríamos com relação a cama e aí tivemos a vigésima guerra nuclear, eu já queria assassiná-la sufocando com requinte de crueldade com o travesseiro.

V - Que tal se tirarmos par ou impar? - argumentei.

Já estávamos discutindo mais de meia hora sobre quem ficaria com a cama. Sei que aquela cama cabia nos duas, mas nem pensar que eu dividiria com Luiza. Ela não queria me ceder a cama por que, segundo ela, era sua casa, seu quarto. Eu não tinha muitos argumentos além de estar ali para ajudá-la com seu plano idiota. Que não me rendia muito crédito, já que vou ser recompensada por isso.

L - Nem pensar. - disse ela. - A cama é minha.

V - Que tipo de pessoa você é, Luiza Mendes? - a encarei incrédula.

L - Ai é que está querida. - falou sorrindo - Eu sou a dona da cama, e ela é grande o bastante pra dividimos. - Luiza se jogou na enorme cama de casal e cruzou os braços atrás da cabeça - Sabe Valentina, hoje eu estou me sentindo muito generosa, então vou te dar duas opções.

V - E quais seriam?

L - Ou você divide a cama comigo ou dorme no sofá. - a diversão em seu rosto era tão evidente que seus olhos brilhavam de divertimento e expectativa por minha decisão.

Caminhei até a borda da cama e vi seu sorriso se alargar quando pensou que eu fosse deitar ao seu lado. Só que a única coisa que fiz foi pegar um cobertor e um travesseiro e dei meia volta até o pequeno sofá que havia no quarto. Vi a decepção em seu rosto e aquilo me fez sorrir. Eu com certeza acordaria com um bico de papagaio, e toda travada mais não dormiria ao lado daquela idiota.

L - Você que sabe. - disse ela dando de ombros e dando as costas pra mim. - Não o sou eu que vai acordar com uma horrível dor nas costas.

V - Idiota. -resmunguei.

L - Boa noite pra você também, amorzinho. Sonhe comigo...

Me ajeitei no sofá tentando conseguir um jeito confortável de dormir e não encontrei. Então simplesmente desisti e comecei a encarar o teto do quarto. Estava morrendo de saudades de casa, dormir assim sozinha aperta meu peito.

L - A proposta ainda esta de pé. -disse Luiza.

V - Vai se ferrar, sua idiota. - Ela soltou uma risada e eu me virei para o outro lado. Fechei os olhos até que adormeci.

Acordei com alguém me sacolejando. Que inferno. O sol ainda nem tinha entrado pelas cortinas do quarto e aquela idiota já estava me acordando. Abri os olhos e me deparei com Luiza tentando me acordar. Ela vai levar um soco se não parar de me sacudir dessa forma.

V - Que diabos... - Não consigo terminar a frase pois ela colocou o dedo indicador na frente da minha boca. Eu vou arrancar esse dedo fora. Não, melhor ainda, vou arrancar a mão toda.

L - Minha mãe está ai fora. - sussurrou. -levanta e vem pra cama.

V - Ah não Luiza, me deixa dormir. - falei e me virei para o outro lado no estreito sofá sentindo minhas costas reclamarem.

JUST A WEEKOnde histórias criam vida. Descubra agora