CAPÍTULO 37 - Encontro e Reencontros

1.3K 176 52
                                    

Capítulo 37 - Encontro e Reencontros
Pov. Verônica Salermo Mendes

Assim que Elisa me mandou mensagem falando sobre ir na casa da Luiza que a mesma queria conversar urgentemente, meu coração se acelerou, não sei se é porque eu me sinto ansiosa e mexida com último fato e ter descoberto as coisas sobre o Hugo. Entro no carro e vou em disparada para a casa da Luiza, estranhei na hora que parei na frente vi uns caras tipo segurança, Luiza nunca foi de usar esse tipo de serviço, fora a Margot mais faz tempos que não a vejo. Saio do carro já nervosa, toco a campainha e na hora que Gê atende nem vejo nada e já vou conferir se está tudo bem com a Elisa, quando vejo o semblante carregado da Luiza, eu sei que algo muito sério aconteceu, ela está no modo defensiva, eu conheço a Luzia que está na minha frente, ela está mergulhada nos trauma dela e só fica assim quando está se sentindo atacada. Sigo ela até o escritório, logo sento no sofá ao lado da Elisa. Ela vai até o bar e toma uma dose de uísque de uma vez, agora eu sei que o trem é sério mesmo, faz mais de um ano que não vejo ela colocando uísque na boca, já que ele dá gatilhos nela.

L - Eu não sei como começar a contar isso para vocês, então me perdoem o nervosismo e por favor não me interrompam. - ela fala com a voz falha e nós duas nos olhando e balançamos a cabeça concordando.

E - Lulu pode dizer no seu tempo. - fala amavelmente.

L - Vocês duas sabem que quando eu mais nova sofri uma tentativa de abuso por um cara mais velho que estava com uma obsessão por mim. Na época a escola escondeu o nome dele, nosso pais tentaram de tudo mais a família dele tinha dinheiro e mascarou tudo, mais com o passar do tempo eu voltei a investigar e descobri, ele se chamava Hugo Pierre Alencar, neto de uma empresária milionária, quando eu descobri sobre ele, já era tarde, ele tinha matado avó e o possivelmente assassinado a menina que implicava comigo e que namorava ele na época Fabrícia. Mandei continuarem a investigação eu queria e precisava que ele pagasse por tudo que me fez, eu nunca fui a mesma depois daquele dia. Só que depois de algumas investigações a Margot me apresentou um atestado de óbito dele, então dei isso dentro de mim como caso encerrado.

Eu não tinha visto o rosto no dia da tentativa de abuso, ele usava uma máscara esquisita, aliás os quatro estavam de máscara e estava escuro o som atordoante que ele ligou e minha cabeça foi logo tampada com um saco preto, tudo foi aterrorizante. Mais quando eu descobri que ele que foi o cara, eu entrei em choque porque eu já conhecia o Hugo, na verdade eu conheci ele em uma festa do colégio dois anos antes, eu tinha sido gentil e o ajudei quando uns meninos o trancaram em uma lixeira depois de ter batido nele, depois de um tempo quando ele começou a namorar a Fabrícia que ele se tornou esse monstro, ou sempre foi vai saber, ele começou a fazer bullying comigo, como a namorada dele toda vez que ele incitou a fazer o bullying e expor minha intersexualidade na frente da escola toda, eles me batiam era um inferno. Você lembra Lili... - ela falava e sua mão estava trêmula, ela estava sofrendo muito revivendo isso.

Nós mudamos de colégio e a vida seguiu e eu nunca mais tive notícias dele só quando investiguei, ele mudou muito da época que eu conheci por isso não identifiquei ele de cara, mas aquele olhar foi único, ontem quando fui buscar a Valen para nosso encontro ele apareceu na sua portaria e pela primeira vez eu fiquei tão perto que ao olhar nos olhos de Hugo Aguiar, como ele se chama agora, eu senti um medo paralisante mas na hora não dei importância pois não queria estragar o meu encontro com a Valen. Quando foi hoje mais cedo ela me confidenciou uma mentira, que estava sendo ameaçada por um ex-cliente do escritório, só que estranhei e fui cobrar respostas da Carolina Andrade sua chefe e colega do caso, queria saber tudo em detalhes afinal vocês me conhecem e sabem muito bem como faço as coisas. Mas para minha supresa a filha da puta contou toda a verdade, e na verdade a um ano ela vem usando a Valentina e a Cecília como iscas desse monstro para arrumar provas contra ele para colocá-lo na cadeia pela morte da Bruna e pegar a guarda do Bernardo para o seu tio João. Verônica me perdoe, eu não sabia, eu conheci Bruna com doze anos de idade e ficamos muito amigas, ela foi minha primeira crush, ela era um doce e foi minha única amiga me meio a todo esse terror que eu vivia. E foi graças a ela que eu não fui abusada por ele naquele dia, se ela não tivesse saído daquele banheiro e acionado o alarme de incêndio do laboratório, eu não sei... mais infelizmente isso a sentenciou, se eu soubesse eu tinha evitado dela ter sido pega e sofrido como sofreu. Ela teve uma morte horrível por minha causa. - Na hora que ela fala isso sinto meu sangue sair do meu corpo, me sinto fraca e minha lágrimas escorrem e uma dor me atinge, como assim ela teve uma morte terrível, minha Bruna. Olho para o lado e Elisa chorando também aperta minha mão com força.

JUST A WEEKOnde histórias criam vida. Descubra agora