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Ressaca maldita

Eu acordei com a minha melhor amiga me cutucando. Abri os meus olhos lentamente — tentando me acostumar com a claridade — Sarah está segurando um copo de vidro com água e um comprimido em suas mãos — imagino que seja para dor de cabeça — me sento na cama.

— Eu imagino que você esteja com ressaca. — Sarah estende o copo com a água e o comprimido.

Eu tomei tudo rapidamente.

— Eu estou morta. Parece que fui atropelada por um caminhão. — eu disse sonolenta.

Ressaca maldita!

Sarah riu.

— Ontem você se superou. — Sarah disse rindo. — Você se lembra do que aconteceu?

Eu coloquei a mão na testa e tento me lembrar.

Mas tudo está destorcido.

— Eu não lembro... — eu disse confusa. — Como eu vim parar aqui?

— Eu vou contar. — Sarah disse. — Você e o Mike se beijaram ontem na festa.

Eu arregalei os olhos.

— Como é? — gritei.

— Calma! — Sarah riu. — Nessa hora você estava sóbria ainda. Aí depois você discutiu com o John e ele foi embora. E foi quando você começou a encher a cara e passou a festa toda beijando o Mike Sullivan.

Eu fico chocada comigo mesma.

— E depois você cismou que queria dormir na praia. Eu vi quando o Noah foi falar com você. Mas não sei o que aconteceu nessa parte. E aí, eu pedi ajuda para o Mike te trazer para cá.

— Meu Deus!

— Ah, para! Você se divertiu bastante! — Sarah disse me cutucando. — E não tem nada de errado nisso.

— Eu sei...

— Então para de agir como se estivesse errada.

— É. Você tem razão.

— Eu sei que tenho. — ela piscou.

Me levantei da cama e sinto meu corpo latejar.

— Eu estou indo tomar café, tá bom? — ela avisou.

Eu assenti.

— Eu te encontro lá. — eu mandei beijo para ela.

Fui para o banheiro e fiz minhas higienes matinais. Tomei um banho demorado e depois fui procurar por uma roupa confortável. Me arrumei rapidamente e sai do meu quarto.

Caminhei pelos corredores e fui em direção ao refeitório. E foi quando o John cruzou em meus caminhos.

Ficamos de frente um para o outro.

Fico nervosa e não consigo olhar para a cara dele. Me sinto envergonhada por tudo que aconteceu ontem. Mesmo que eu não lembre de nada.

— Está bem? — ele perguntou.

— Estou sim. E você?

Ele assentiu.

— John... — eu indo dizendo.

— Se for para falar sobre ontem, eu dispenso.

— Eu não me lembro de muita coisa. — fui sincera.

— E como iria lembrar? Bebeu todas e teve um comportamento de merda!

— Comportamento de merda? Só porque eu fiquei com alguém?

— Na minha frente. Sério?

Eu ri, debochadamente.

— Qual o seu problema?

— Annelise, não se faça de burra. Por que eu sei que você não é. Você iria gostar de eu pegar alguém na sua frente, porra?

Eu fico quieta.

— Não, né? Pois bem!

— Então você está bravo comigo por causa disso? Deixa eu refrescar a sua memória... — dei uma pausa. — Foi você que terminou comigo por que queria curtir a vida!

— Quer saber? Não dar para conversar com você! — ele disse passando por mim.

Eu fico plantada no corredor com a maior cara de tacho.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora