ANNELISE: PART.2

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Tutoria

Noah se senta ao meu lado e eu continuo em transe.

— Por que está me olhando assim? — ele disse me encarando.

Sai do transe.

— O quê? — perguntei confusa. — O que está fazendo aqui?

Ele riu.

— Infelizmente... — ele deu uma pausa. — Vim te dar aulas de reforços.

— Você é o meu tutor?

— É. Eu acho. — ele disse. — Você é a Annelise Moore? Porque vou dar tutoria para ela agora.

— Deixa de gracinha. — eu reviro os olhos. — Nem sabia que você era inteligente para dar tutoria. — abri meu livro.

— Surpresa?

— Talvez um pouco.

— Eu me inscrevi esse ano para dar aulas extras. — ele comentou. — Eu até gosto.

— Hm...

— Mas vamos ao que interessa. — ele pegou o livro que eu estava folheando. — Mal em todas as provas hoje, é isso?

Eu fico quieta.

— Você vai me agradecer depois. — ele sorriu. — Pega o seu caderno e caneta. Vamos aprender sobre o conteúdo das provas.

Eu fico surpresa o quanto o Noah é inteligente. Ele não é só um badboy com o rostinho bonito. O seu jeito de explicar me fez aprender rapidamente.

Eu não tenho muito dificuldade para aprender — o meu problema foi que eu estava sofrendo pelo o John e esqueci das provas — mas agora estou de volta.

Noah ficou fazendo gracinha no início. Ás vezes ele me tratava com ignorância — mas depois voltava ao normal — eu queria tocar no assunto e perguntar por que ele não respondeu minhas mensagens. Mas não era o momento certo.

— Encerramos por aqui. — ele fechou o seu caderno e olhou a hora em seu relógio. — Já são cinco da tarde. Droga, tenho um compromisso!

Eu fico em alerta.

— Compromisso? — perguntei.

— É.

— Hm.

Guardei todas as minhas coisas na mochila.

— Seu motorista vem te buscar?

— O carro quebrou e está na oficina. Eu vou pegar um táxi. — minto.

— Quer carona? — ele oferece.

Assenti.

Fomos para o estacionamento em total silêncio e entramos em seu carro. Liguei para minha mãe para avisar que estou indo para casa e ela ainda está em seu escritório.

Me atrevi a ligar o som do carro.

— Eu deixei?

— Eu não preciso da sua permissão. — eu disse séria.

Noah desvia o caminho da minha casa e para em uma rua deserta.

— O que está fazendo? — perguntei assustada.

Ele me encara sério.

— Qual é o seu problema?

— O quê? — fico confusa.

— Você é uma mentirosa!

— Do que está falando?

— Do seu carro. Ele não está quebrado!

Eu fico nervosa.

— É claro que está! — eu disse firme.

— Você acha que eu sou bobo? Eu vi quando o seu motorista foi buscar a Anna!— ele contou. — E o carro parecia estar ótimo!

Engulo em seco.

— Ele quebrou depois. — eu sustento a mentira.

— Prova!

— Eu não vou provar nada! — o encarei.

Ele riu debochado.

— Me diz logo o que você quer e o que queria conversar comigo. — ele me encara.

Desvio o olhar e ele toca em meu rosto — fazendo o encarar novamente — sinto um arrepio pelo meu corpo.

Olhei para os seus olhos e vejo ele fazendo o olhar triangular em mim.

— Anne, o que você quer?

— Eu quero você. — eu tomei coragem.

— Não brinca comigo.

— Eu não estou brincando. — eu disse séria.

Noah ia responder — mas o seu celular tocou e ele atendeu — e estragou todo o clima.

— Eaí, John? Eu estou indo para casa agora... — ele disse no celular. — A festa da Marilyn Sparks? Sim eu vou. Não vou demorar muito para chegar, ok?

Ele desliga o celular.

— Festa da vaca da Marilyn?

— Uhum. — ele liga o carro novamente e pega estrada.

— Então esse era o seu compromisso?

— Isso não te interessa!

— Então vai a merda! — falei estressada.

Noah dirigiu até a minha casa. E não trocamos mais nenhuma palavra.

Ele estaciona o carro.

— Você tinha razão sobre uma coisa. — Noah disse assim que eu ia saindo do carro. O encarei para que ele continuasse. — Aquele beijo foi um erro!

Desci do carro e bati a porta fortemente.

Mostrei o dedo do meio para ele e entrei na minha casa.

Eu não vou deixar o Noah me abalar.
Já basta o John e a Sarah.

Peguei o meu celular e digitei uma mensagem para a Hanna.

Annelise: vamos para a festa da vaca da Marilyn Sparks. 💋
( 17: 48 )

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