ANNELISE: PART.2

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tittle:
Preciso de você

Eu amo estar com o Noah. Estar com ele me faz sentir borboletas no estômago. Coisas que só o John conseguia fazer. Mas agora, tudo é diferente. As coisas com o Cameron é tão leve. Então porque não dá uma chance para esse relacionamento?

— Eu quero te dizer uma coisa. — quebrei o silêncio.

— Pode dizer.

— Talvez uma chance...

— O que?

— Eu estou te dando uma chance. — eu disse e ele abriu um sorriso.

— Não brinca comigo.

— Não estou brincando.

Noah encheu meu rosto de beijinhos.

— Tá, mas, vamos ter umas regrinhas. — eu disse.

— Estava bom demais para ser verdade.

— Ninguém pode saber e também não é nada sério. É só pra ver no que vai dar, ok?

— Um teste então?

— Um teste. — eu concordo.

O meu celular começa a tocar e eu estranho ao ver o número do John na tela. Infelizmente, eu sei o seu número de cór.

— John? — eu disse seu nome em voz alta.

— O que ele quer?

— Eu não sei. — eu disse confusa e o celular para de tocar. — Não deve ser nada demais.

Eu dei um sorriso e beijei a bochecha de Noah.

Mas o meu celular toca novamente e o número de John aparece na tela.

— É melhor atender, pode ser importante. — Noah disse.

Eu atendo mo terceiro toque — me levanto do banco e me afasto de Noah. — fico nervosa. Desde que terminamos, não recebi nenhuma ligação dele. Por que isso agora?

— John? — eu falei.

Escuto sua respiração pesada.

— Anne, eu preciso de você. — John disse com a voz embargada.

— O que aconteceu? Onde você está? — eu me preocupo.

— Eu estou no Rogers Bar's. — ele disse ofegante.

— Ok, eu estou indo para aí. — eu disse e desligo a chamada. Fui até o Noah. — Precisamos ir.

— O que aconteceu?

— Eu não sei. Ele disse que está no Rogers e parece estar bêbado. Eu estou preocupada com ele.

— Tudo bem, vamos. — Noah segura em minha mão e eu a puxei. Ele me encara confuso. — O que foi?

— É melhor eu ir sozinha. — eu disse. — Se ele nos ver juntos, vai estranhar.

— E você vai de que?

— De táxi. — eu disse.

— Eu posso te deixar até a esquina. E você diz que foi de táxi.

— Hm, pode ser. — eu disse passando as mãos no cabelo.

Mas que merda aconteceu?
Por que ele ligou justamente pra mim?

"Eu preciso de você."

Isso ficou se repetindo na minha cabeça o tempo inteiro. Voltamos para o restaurante ás pressas — pois o carro de Noah está estacionado aqui — demoramos bastante para chegar.

Entramos em seu carro e seguimos para o Rogers Bar's. Fomos o caminho inteiro em silêncio.

Noah me deixou na esquina como de combinado. Eu desci do carro ás pressas e nem me despedi dele direito. Me arrependo por isso, pois olhei para trás e vi o seu semblante triste.

Entrei no local e olhei em volta procurando por John. Pedi informações para o balconista e ele me disse que o John havia acabado de sair daqui. Sai para fora e olhei para todos os lados nas ruas.

Fui para o estacionamento e vejo o meu ex-namorado sentado na calçada chorando — e segurando uma garrafa de bebida— me aproximo dele e me sento ao seu lado.

— Johnathan! — eu o chamei.

John olhou para mim.

— Lis? — ele me encarou e se levanta.

Ele vem até a mim e me abraça.

John está bêbado.

Eu fico sem reação e não o abracei de volta.

— O que aconteceu? — perguntei assim que ele se afastou.

Ele tomou um gole da bebida que não consegui identificar o nome.

— Me dá isso aqui. — peguei a garrafa de sua mão e despejei o o líquido todo no chão.

John não responde.

Ele não está bem, isso é fato.

— Cadê a chave do carro?

Ele a pega de dentro do bolso e me entrega.

— Eu vou te levar pra casa. — eu disse.

John se apoiou em mim e fomos até o seu carro. Ele se senta no banco passageiro e eu vou para o do motorista. O meu coração acelera quando eu toco no volante.

Eu não posso dirigir.

Eu tenho medo.

Muito medo.

Várias coisas passam por minha cabeça. Então, tomei coragem e liguei o carro.

Olhei para o lado e John desmaiou — ou dormiu — dirigi com todo cuidado e com medo. Eu odeio ter que dirigir.

Mas levar o John para casa em segurança, era mais importante do que o meu medo.

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