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Vermelho

Fomos para a sala de jantar. John não para de me encarar. Ele me analisa nos mínimos detalhes. Talvez eu tenha jogado baixo por ter vindo de vermelho. Mas eu não tenho culpa se o vermelho é a minha cor.

— Eu não me importo em mima-la. — Elizabeth sorriu.

Nos sentamos sobre a mesa.

— O John te disse que o pai dele infelizmente não vai poder estar? — ela perguntou.

— Disse sim, é uma pena. — eu disse.

— Pois é. Mas vai ter uma próxima vez. — ela sorriu meiga. — A propósito, como estão seus pais e a Anna?

— Ah, ele estão bem. Mamãe mandou um beijo. — comentei.

— Ah, diga que eu mandei outro. — ela sorriu amigável.

Os empregados começaram a servir.

O jantar ocorreu bem. O John não disse muita coisa. Na verdade, ficou eu e sua mãe conversando o tempo todo. A alegria dela me contagiou de uma forma que eu não consigo explicar. Eu até me esqueci que eu e John não estamos juntos. Parece que tudo estava como nos velhos tempos.

Ela tem uma energia surreal de boa.

Tudo é tão leve com ela.

Após o jantar — minha ex-sogra não estava se sentindo muito bem — então ela foi descansar em seu quarto. Eu e John ficamos na sala de estar — esperando o meu motorista chegar — está um clima estranho e desconfortável.

— Anne, desculpas. — John disse quebrando o silêncio.

— Pelo o que?

— Por esse jantar, pelo dia em que fui escroto com você na viagem do Senior e por não ter dito a verdade para a minha mãe.

— Ok.

— Você tem razão. É solteira e pode ficar com quem quiser. Eu não tenho nada a ver com isso.

Eu assenti.

— E aliás, foi eu que terminei, né? Por que eu tenho que achar ruim você se envolver com outras pessoas, sendo que a decisão foi minha?

Eu fico quieta.

— Eu sinto muito, de verdade. E acho que fiquei com ciúmes de você e por isso agi como um babaca.

— Ciúmes? Porque ciúmes?

John se aproxima de mim no sofá.

— Foram três anos juntos, Annelise. Por mais que eu tenha tomado a decisão de terminar com você, não significa que eu já te esqueci. Eu passei tanto tempo contigo, que quando eu vi outro cara de tocando e te beijando, eu fiquei louco!

— Para de fazer isso comigo. — eu sussurrei.

Nossos rostos estão perto demais.

Sinto como se ele quisesse me beijar.

— O que?

— Está me deixando confusa. — eu disse chorosa. — E isso não é legal para mim. Você não tem esse direito!

Eu me levantei do sofá.

— Anne...

John se levanta e segura a minha mão.

— Me desculpa por isso. — ele disse por fim.

Escutei a buzina do carro — deduzi que seja meu motorista — eu puxei a minha mão de uma forma bruta e John me encarou surpreso.

— Tchau, Johnathan. — eu disse seca.

Caminhei até a porta e o deixei na sala plantado. Sai para fora da casa e segui até o meu carro.

Sinto uma enorme vontade de chorar, mas engulo em seco.

Ele não tem esse direito de me deixar confusa. Foi ele quem acabou com tudo. Foi ele que tomou essa decisão. E eu quero que ele se foda.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora