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Caminhada

Depois do nosso jantar maravilhoso — resolvemos caminhar um pouco pela cidade — estamos de mãos dadas e nós parecemos até um casal de namorados na vista dos outros.

Sinto a brisa bater em meu rosto e meus cabelos voarem. O clima está agradável e tudo está tão maravilhoso.

— O que o meu pai te disse? — perguntei curiosa.

Noah riu.

— Disse que não é pra te magoar. — Noah disse simples. — Ele se importa muito com você.

Eu dei um sorriso.

— Uhum. Quando o John terminou comigo, foi ele quem estava lá limpando as minhas lágrimas. — comentei. — Meu pai tem pose de durão, mas é um fofo.

— Dá pra perceber. Ele ama demais você e sua irmã. — Noah comentou. — Eu disse para ele não se preocupar. Por que é mais fácil você me magoar, do que eu magoar você.

— E por que diz isso? Geralmente os homens que são uns babacas.

— É. Mas eu não sou um babaca. Gosto de você há anos, até parece que eu iria ser um babaca contigo, sendo que, ter você comigo é o que eu sempre quis.

Eu sorri.

Paramos de andar e ficamos de frente um com o outro. Toquei em seu rosto e acariciei. Noah fechou os olhos e ficou sentindo o meu toque. Aproximei do seu rosto e lhe dei um selinho.

— Eu tenho que te falar algo. — disse e voltamos a caminhar.

— Diga.

— Amanhã, eu e minha família vamos para a nossa ilha. E meus pais te convidaram.

Os seus olharam brilharam.

— É sério?

— Uhum. — afirmei. — Você vem conosco?

— Mas é claro! — ele disse alegre e depois sua felicidade foi embora.

— O que foi?

— Amanhã, os meus pais vem me visitar. — ele lembra.

— Ah, que pena! — disse triste.

Eu queria muito que o Noah fosse.

— Eu posso tentar ir, mas eu não prometo. — Noah disse. — Você me perdoa?

— Relaxa, tá tudo bem! — eu sorri. — Aliás, são seus pais. Vocês mal se veem. Então fica tranquilo, ok?

— Ok, morango. — Noah disse e me abraçou de lado e ficamos caminhando assim.

— Agora me conta algo sobre você que eu não sei. Bom, eu já sei que você é inteligente, começou a dar aulas de tutoria, mora sozinho e o que mais?

— Eu sou emancipado desde os dezesseis anos. — Noah disse simples.

— Sério?

— Aham! Como eu disse, meus pais viajam muito a trabalho e eu tinha uma mulher que era minha guardiã. Mas dai quando completei dezesseis anos, eu não precisava mais dela, então, pedi para os meus pais que me emancipasse.

— Nossa, que legal, né?

— É sim. Aí depois disso, eles compraram o meu carro, tirei a minha carta de habilitação . E eles me deram o meu apartamento. — ele comentou. — E desde então, eu mesmo me viro e eles vem me visitar de vez em quando.

— Ah, entendi! — eu sorri. — E o que mais?

— Os meus pais são donos daquele restaurante que nós fomos e também donos de todos os hotéis e prédios da cidade. — ele disse simples.

Eu arregalei os olhos.

— O que? — quase gritei. — Está falando sério?

— E por que eu brincaria com isso?

— Eu não sabia que era herdeiro de tantas coisas assim.

— Pois é. — ele riu. — Os meus pais, são empresários e tem empresas espalhadas por todo canto. E em um dia eles estão em um lugar, no outro dia já estão em outra cidade. Eles tem uma gerência muito boa com pessoas confiáveis, mas se, eles não fazer a vistoria por conta própria, tudo vira uma bagunça.

— Eu sei como é. O meu pai também viaja bastante por causa dos negócios.

— Sabe por que eu parei de me meter em tantas confusões?

— Hm, não. Porquê?

— A minha última briga foi ano passado, bati em um garoto até ele desmaiar. Eu estava muito puto. Os meus pais foram chamados, mesmo que eu respondesse por mim, o pessoal queriam falar com eles. Vi a minha mãe chorando e aquilo partiu o meu coração. O meu pai chegou em mim e disse: se continuar dessa forma vou deserdar você.

— Nossa...

— Minha mãe ficou desesperada e nós três conversamos em casa e o meu pai jogou toda a responsabilidade dos prédios, hotéis, restaurantes nas minha costas. Ele disse que com a responsabilidade, eu ia amadurecer.

— Deu certo?

— Eu acho que deu. Nunca mais me meti em confusão. Exceto naquele festa e por causa de você. — ele disse e eu ri. — E foi quando eu decidi focar nos estudos e resolvi dar tutoria esse ano, e daí tenho tantas responsabilidades que não tenho tempo para me meter em brigas.

— Eu imagino. Me lembro quando você se metia em briga e eu te xingava de todos os nomes possíveis. E te odiava mais ainda por causa que o John me deixava para ir ficar com você.

Ele riu.

— Eu mudei, ok?

— Hm, sei.

Caminhamos tanto que viemos parar em uma praça da cidade — onde tem um rio enorme em sua frente — nos sentamos em um banco e apreciamos essa vista maravilhosa.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora