ANNELISE: PART.2

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Fora de mim

Controlei o meu choro e fui até uma mesa de bebida que tem aqui na área da piscina. Bebi vários drinks seguidos, quando fui tomar o outro, sinto alguém segurar a minha mão.

— Que merda você está fazendo? — Noah disse pegando o drink da minha mão.

— Qual é o seu problema? — eu gritei.

— Você pirou? Quer encher a cara como fez na viagem do Senior? E se alguém se aproveitar de você enquanto está frágil desse jeito?

— Me deixa em paz! — eu disse brava. — E não se intromete na minha vida!

Dei um empurrão em Noah — que não sai do lugar — peguei o drink da sua mão e tomei tudo em um gole. Me afasto desse idiota e comecei a dançar.

Dancei com umas pessoas e depois tive a brilhante ideia de subir na mesa. Eu não estou me importando com nada. Apenas quero me divertir.

Tudo em minha volta está distorcido. A música está abafada. Minha vista está péssima. Mas a sensação é ótima. Me sinto livre e ousada, enquanto danço em cima da mesa. Sendo aplaudida por vários garotos.

Mas o meu show acaba — quando o Noah Cameron me tirou de cima da mesa, arrancando vaias dos garotos — mas só bastou um olhar mortal de Noah, que os meninos abaixaram a bola e começaram a circular.

Estou jogada no ombro de Noah como se fosse um saco de batatas. Ele me carrega como se eu fosse uma boneca. Soquei suas costas com forças e o xingo de vários nomes.

Tenho certeza que a Sarah colocou drogas nas bebidas. Estou completamente fora de mim.

— ME SOLTA! — gritei brava. Noah me senta em uma cadeira.

— Você está maluca, caralho? — ele gritou de volta.

— Qual é o seu problema? — perguntei. — Eu não posso me divertir?

— Porra, Annelise! — Noah disse puto. — Aqueles caras estavam te assediando. Mas você está chapada demais para perceber!

Comecei a rir.

Que merda ele está falando?

— Acha engraçado? — ele pergunta sério.

Fiz biquinho.

— Quer me beijar? — sorri, travessa.

— Meu Deus, Moranguinho. — Noah disse. — Eu não quero te beijar. Não gosto de morangos.

— Assim você me magoa, camarão. — sorri.

— Vai se foder. — ele disse. — Cadê a puta da sua amiga? Que te deixa nesse estado?

Não presto atenção no que ele fala. Mas vejo quando o John se aproxima de nós.

— Anne? Eu quero falar com você! — John disse tocando em mim e eu retirei a sua mão. — O que houve, Noah?

Me levanto, mesmo com dificuldade.

— Estava dançando feito louca na mesa. Achei melhor intervir. — Noah explicou.

— Pode deixar, que eu cuido dela. — John disse.

— Eu não quero que você cuide de mim. — eu disse chorosa. — Eu quero que você vá se foder! Vá se foder seu merda!

Algumas pessoas olham o que está acontecendo.

— Anne, por favor. — John tenta me conter.

— Porque você não volta lá pra cima e termina o que você estava fazendo? — esbravejo.

— Eu já terminei. — ele disse seco.

Eu ri, debochadamente.

— Que bom pra você. — eu disse batendo palmas.

Mike apareceu e ficou ao meu lado.

— Ei? O que está acontecendo? — Mike perguntou preocupado.

Eu comecei a chorar.

Acho que estou bêbada.

— Eu quero ir embora, Mike. — eu disse chorando.

Mike me abraçou.

— Eu vou te levar pra casa. — ele disse. — E você, John. Vai se foder!

Mike me arrasta dali e me leva até o seu carro. Vou o caminho inteiro para casa chorando. O meu celular começa a tocar e vejo o nome de Sarah na tela, não atendo.

Comecei e mentalizar comigo mesma que está na hora de seguir em frente.

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