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tittle:
Mar

Passei o restante do dia no meu quarto — e enchendo a cara — fico olhando as fotos com o John e vejo que tudo não passou de uma ilusão. Como ele teve coragem de fazer isso comigo? Sinto uma tristeza enorme em meu peito e comecei a chorar.

Olhei a hora em meu celular e são sete horas da noite. Eu não vi a Sarah desde a nossa ultima conversa. Queria mandar mensagem para ela — dizendo que queria o seu colo — mas eu não posso ser egoísta e estragar a viagem dela.

Não é porque a minha está sendo uma bosta, que a dela também tem que ser — e principalmente se for para ficar lidando com os meus problemas — isso só eu posso lidar.

Me levantei com dificuldade e me olhei no espelho. Eu estou um caco e com cheiro de álcool. Amarrei o meu cabelo em um rabo de cavalo e depois fui até a janela.

Observei a vista e vi o quanto a noite está linda. A brisa bate em meu rosto e eu fecho os olhos. Então, resolvo ir até a praia.

Saí do meu quarto e andei pelos corredores. Não tem ninguém por aqui — ou eu estou louca ou eles estão jantando — fui em direção a praia — com muita dificuldade — e me sentei na areia.

Fico observando o mar por muito tempo.

— O que está fazendo aqui sozinha? — Noah Cameron disse. Olhei para o lado e vejo ele se aproximando.

— Isso não te interessa! — eu disse rude.

— Não fala assim comigo, porque magoa o meu coração.

Eu reviro os olhos.

— Não vai jantar? Você sumiu o dia todo!— Noah comentou.

Ele se senta ao meu lado.

— Eu não estou com fome.

— É você que está com esse cheiro de álcool? — ele se inclina para me cheirar. — Caralho! Passou o dia todo bebendo?

— Não é da sua conta, ok? — eu toda embolada.

Ele riu.

— É melhor você voltar. — ele disse. — É perigoso você ficar aqui sozinha. E se aparecer algum maluco? Ou você resolve entrar no mar e morrer afogada?

Eu ri.

— Se preocupa comigo é?

— Não, eu me preocupo com os peixes, ou tubarão que vai ter que se alimentar de você e aí vai passar mal de tanta radiação.

— Cala a boca, camarão! — eu joguei areia nele.

— Você me chamou do que? — ele franze o cenho.

— De camarão. — eu dei risada. — Noah Camarão! Camarãozinho...

— Caralho, você bêbada é mais insuportável do que sóbria!

Joguei areia nele novamente.

— Não faz isso, sua doida! — ele coçou os olhos.

— O que? Isso? — joguei areia nele novamente.

— Annelise Marie Moore... — ele disse em um tom ameaçador.

Comecei a rir.

— Quer saber? Vou entrar no mar! — eu disse eufórica.

Me levantei e tirei a minha roupa com dificuldade — ficando presa no meu vestido — mas consegui tira-lo. Estou apenas com um  biquíni vermelho e soltei o meu cabelo.

— Porra, Anne! — Noah disse. — Você está fora de si!

— E você é um gostoso jogando vôlei. — apertei suas bochechas.

— É, realmente você está completamente fora de si. Está chapada pra caralho! — ele disse e eu ri.

Corri em direção ao mar.

— Você não me pega! — gritei.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora