tittle:
Ás vezes o fim é necessárioO que será que ele quer falar comigo? Será que ele planejou alguma surpresa? Eu entrei dentro da mansão e subi a escadaria correndo. Fui até o quarto dele e abri a porta. O encontro parado em frente da janela.
Corri até o meu namorado e o abracei por trás. Estava com saudades dele — pois não nos falamos o dia inteiro por causa da organização da festa — John se vira para mim e eu lhe dei dois selinhos seguidos.
— Oi, amor! — eu disse alegre. — Eu estava com saudades!
— Oi, Anne. — John disse simples.
Eu me afasto dele.
— Não vai dizer que estava com saudades? — brinquei. — Onde estava? Passei aqui no seu quarto e estava trancado!
John vai até a porta de seu quarto e tranca de chave.
— Tinha uns idiotas transando na minha cama. — ele disse em desdém. — Já mandei vazarem daqui.
Percebo que o seu comportamento está estranho.
Ele não é assim.
— Está tudo bem? — perguntei receosa.
— Eu quero falar contigo. — ele disse direto.
— Pode falar, amor. — eu disse tranquila.
Fico em frente ao espelho e vejo meu vestido sujo. Depois me viro para o John que está com um semblante sério.
Comecei a me preocupar.
— O que houve? — me aproximo dele.
— Eu quero terminar. — ele disse direto.
Parece que tudo ficou em câmera lenta. Sinto um nó se formando em minha garganta e uma vontade imensa de chorar. O meu coração acelera e sinto minhas mãos suarem.
— O que? — minha voz saiu por fio.
— Eu quero terminar. — ele disse firme.
— Por que? — eu me desespero.
— Eu... — John ia dizendo. — Anne, você é uma namorada maravilhosa. Foi a primeira garota que eu amei. E com quem eu perdi a virgindade. Eu nunca vou te esquecer. Mas acontece que, estamos no nosso último ano na escola, segunda-feira começa o último semestre e eu...
Eu fico quieta.
— E eu só queria aproveitar tudo isso sozinho. Ir para as festas, beber, ficar com quem eu quiser. Sem eu me preocupar por ter alguém. Eu quero curtir a minha vida, quero fazer tudo aquilo que eu não fiz porque estava preso a você.
Eu me permito chorar.
— Você está se ouvindo?
— Anne, não dificulta as coisas.
— Dificultando ? Acha que está sendo fácil ouvir o meu namorado, a pessoa que eu amo, falando essas coisas? — eu disse chorando. — Meu Deus!
Eu passei a mão no cabelo e andei de um lado para o outro.
— Você não me ama mais?
Ele demora para responder.
— Eu não tenho certeza. — ele disse baixinho.
Aquilo me doeu.
— Como pode fazer isso comigo? — eu disse desesperada. — Isso está doendo demais!
— Anne, eu sinto muito! — John se aproxima de mim e eu recuei.
— Não! — apontei o dedo em sua cara. — Você não sente!
— Acha que está sendo fácil para mim também? Porra, essa não foi uma decisão que tomei da noite para o dia! — ele gritou. — Eu estou a meses pensando sobre isso. E eu prefiro que nosso relacionamento acabe de uma maneira correta, do que eu fazer algo que te magoe!
— Você já está me magoando! — gritei. — Mas que merda!
John fica em silêncio.
— Eu achei que... — eu solucei de tanto chorar. — Meu Deus, eu não sei nem o que falar!
— Anne...
— Eu não sei o que mais me dói. — dei uma pausa. — Você não ter certeza que me ama. Ou jogar tudo fora só pra curtir uma vida vazia!
Caminho até a porta.
— Se é isso que você quer, tudo bem. — eu disse chorando.
— Annelise, eu não quero ser seu inimigo. — John se aproxima de mim. — Eu preciso me encontrar, preciso saber o que eu quero. Eu passei a minha adolescência inteira com você, tudo era sobre você, ou nosso namoro. E enquanto a mim? Eu estou sufocado!
Eu continuo a chorar.
— PARA DE FALAR! — gritei. Tirei a aliança do meu dedo e joguei no chão. — Acabou aqui, John Sawyer.
— Ás vezes o fim é necessário. — John disse por fim.
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ANNELISE: PART.2
JugendliteraturAnnelise está no último ano do ensino médio. E aparentemente tem uma vida dos sonhos e que todos desejam: rica, linda, inteligente, capitã das líderes de torcida e namorada do capitão do time de futebol da escola. Mas, tudo que era um sonho - se tor...