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Única

Eu acordei com alguém tocando em meu rosto — abri os meus olhos e me deparo com um par de olhos azuis me encarando — John está aqui. Me sento na cama rapidamente.

— O que pensa que está fazendo? — eu perguntei brava.

Eu não acredito que ele destrancou a porta.

— Bom dia, Lis. — ele sorriu de lado.

— Bom dia? Aí, droga! Que horas são? — perguntei.

— São sete da manhã. Por que?

Me levanto da cama e fui até o banheiro — fiz minhas higienes matinais e arrumei o meu cabelo em um rabo de cavalo — sai do banheiro e John está sentado em uma almofada gigante que tem aqui.

— Por que ainda está aqui? — questionei impaciente.

— Quero conversar com você.

— Eu não tenho tempo. — respondi apressada.

— Aonde vai?

— Eu não te devo satisfação. — disse direta.

John me encara surpreso.

O seu olhar desce para o meu corpo e eu me lembro que estou com o meu baby-doll vermelho.

Essa é a cor favorita dele.

Correi para o banheiro e peguei um roupão branco e vesti.

— Você tem razão. — John disse. — Mas acho que você merece saber o porque te liguei.

— Então fala!

— A minha mãe está doente, Annelise.

As suas palavras me pegam de surpresa.

— O que?

— Ela está morrendo. — ele disse. — E de quebra, meu pai quer se separar dela porque tem uma amante. Ela acha que eu não sei. Mas eu descobri tudo isso ontem. Eu vi os seus exames no quarto, vi o meu pai se beijando com outra mulher e ele disse que já pediu o divórcio...

— Meu Deus... — eu fico chocada.

É muita informações.

Comecei a me lembrar de quando Elizabeth deu indícios sobre a sua doença. E eu me neguei a acreditar.

— E eu entrei em desespero, e a única pessoa que eu pensei em ligar foi para você. — John disse com a voz embargada. Ele não consegue segurar o choro e chora. — Desculpas, Lis!

Eu me aproximei dele e o abracei. John chora em meu ombro e eu o confortei.

— Está tudo bem... — eu disse calma e me segurando para não chorar junto. — Olha pra mim. — pedi e assim ele fez. — Vai ficar tudo bem, ok?

— Eu não sei se vou aguentar passar por isso de novo, amor.

Eu limpei as suas lágrimas e ele me abraçou novamente. Sinto o seu cheiro suave — ficamos abraçados por alguns minutos — até que nos afastamos por escutar um barulho de buzina de carro.

— Eu preciso me arrumar. — eu disse sem jeito.

— Tudo bem. Desculpas.

Ele saiu do quarto e fechou a porta.

Procurei pela primeira roupa que achei no closet — uma jardineira e um top colorido. Calcei minha vans. — peguei o meu celular e desci a escada. O pai de John não se encontra em casa e eu fico aliviada.

Encontro com Elizabeth que mantém um sorriso no rosto e aquilo acaba comigo. Mordo o lábio inferior para conter o choro.

— Os seus pais estão te esperando lá fora. Eu acabei de falar com eles. E nenhum quis entrar, fiquei chateada em? — ela disse rindo.

— É que estamos com pressa. — comentei sem jeito.

— Tudo bem meu amor. Divirta-se. — ela disse fofa e me abraçou. — E você sabe que quando quiser vim para cá, você pode né?

— Eu sei sim. Eu vou vim te visitar mais vezes. — eu disse dando um sorriso.

O John aparece no fim da escada e ver quando eu abraço a sua mãe. Ele tem um olhar triste. O meu coração se parte em mil pedacinhos ao vê-lo assim.

Sai para fora e entrei no carro de meus pais. Expliquei toda a situação para eles. Minha família ficaram chocados. E eu fui o caminho inteiro pensando nisso.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora