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Sufocada

Eu estou caminhando pelos corredores á caminho da minha sala. Quando sou surpreendida por alguém que me puxa para a sala de informática. Me dou conta que se trata de Noah. Ele me encosta na parede e fecha a porta.

— Ficou maluco? — gritei.

— Você não respondeu minhas mensagens. — ele disse colocando sua mão na parede e me encara.

— Por que eu não quis. — eu disse simples.

— Você sabe que precisamos conversar. — ele disse sério.

Olhei para a sua boca e ele olhou para a minha.

— Sobre o que quer conversar? — sussurrei.

— Não se faz de doida. — ele me encara.

— Você quer falar sobre ontem? Então vamos! — eu sai de perto dele e ficamos longe um do outro.

— A gente se beijou... — ele inicia a conversa.

— E foi um erro. — completei.

— Não me venha com essa, Anne.

— Ótimo, vamos começar uma briga agora. Sabe por que é um erro? Por que você é o melhor amigo do John!

— E é com isso que se importa?

— Você não se importa com isso? — questionei.

Ele fica em silêncio.

— O que importa é o que eu sinto por você.

— Você está confundindo tudo. O que aconteceu ontem foi apenas um beijo. Se não tivesse sido com você, teria acontecido com outro. E pelo que eu me lembro, a gente se odeia!

Minhas palavras o atinge.

Eu percebo em seu olhar de decepção.

Eu preciso afastar o Noah.

— Tem certeza disso? — ele perguntou.

— E por que não teria? — eu sinto um nó na garganta.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— A gente nunca vai acontecer. — eu disse. — E não é só por que você é o melhor amigo do John. E sim por que eu amo ele. E eu odeio você. — eu disse firme e passei por ele.

Abri a porta e o deixei na sala plantado.

O que aconteceu na festa...
Fica na festa!

Entrei na sala de literatura e me sentei ai lado de John — somos duplas desde o início do ano letivo e não podemos trocar. — eu não tenho coragem de olhar para ele depois de ontem.

Mas sinto o seu olhar sobre mim.

— O que foi? — perguntei pegando meu notebook.

— Precisamos conversar. — John disse sério.

Hoje todo mundo tirou o dia para conversar comigo.

Reviro os olhos.

— Resolveu conversar com a vadia? — eu perguntei irônica.

— Annelise... — John ia dizendo.

Mas foi interrompido pela professora que acabara de entrar.

Eu tive que fingir estar bem ao lado de John — durante duas horas — isso foi torturante. Por que eu começo a lembrar de como era antes. Eu deveria parar de pensar tanto nele e no que nós fazíamos. Mas que culpa tenho eu se tudo lembra ele?

Caminho pelo corredores e vou até o banheiro feminino. E dou de cara com a garota da festa de ontem.

— Você. — eu disse ao encara-la.

— Oi, rainha da escola. — ela disse debochada. — Esqueceu a coroa hoje?

— Quem é você mesmo? — perguntei indiferente.

Ela sorriu.

— Alguém que sabe que você pegou o Noah Cameron ontem.

— Eu não peguei o Noah. — eu disse. — Ele estava machucado!

— Ainda insiste nessa história?

— Olha, quer saber? Eu não estou nem aí. — eu disse. — Se quiser falar pra escola toda, vai em frente. Diz que a gente se pegou gostoso no banheiro!

Sai do banheiro estressada.

Procurei por Sarah e a encontro no pátio da escola.

— Onde estava? — Sarah me perguntou.

— Eu estava no banheiro.

— De novo essa história? Estou começando a achar que está escondendo alguma coisa de mim!

— Por Deus, Sarah! — reviro os olhos. — Eu estou tão estressada ultimamente e você está sendo o motivo de uns dos meus estresses!

— Mas o que eu fiz?

— Fica fazendo perguntas idiotas. — eu disse. — Eu não te devo satisfação, droga!

Sai de perto da minha melhor amiga. Ficar na escola está me sufocando e eu não sei o que fazer ou para onde ir.

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ANNELISE: PART.2Onde histórias criam vida. Descubra agora