C H A P T E R XX

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Andrew Martins

Estar com Luana me faz tão bem. Ela me faz tão bem. Apesar de só estarmos juntos a cinco dias, ela tem mudado muita coisa na minha vida. Esqueço de toda a merda que acontece na minha família quando estou com ela. Me foco apenas na nossa felicidade. Na felicidade dela.

Luana me falou que teve dois relacionamentos fracassados, em que ela foi traída e trocaram por ambos. E eu me pergunto, o que se passou na cabeça deles para deixarem ela ir?

Porque só um louco abriria mão de uma garota tão especial. O mundo não merece ela, ela é demais para todos nós. E ela me mostra isso todos os dias. É bastante inteligente, esforçada e trabalhadora.

Está conseguindo muito bem conciliar o trabalho com os estudos, apesar de estar dormindo em algumas aulas, ela consegue fazer os trabalhos a tempo, e estudar para as aulas. É impressionante!

Mas confesso que estou preocupado, Luana só dorme quatro a cinco horas de tempo por dia, e o resto do dia passa ou estudando ou trabalhando, ela precisa de descanso, de relaxar.

Eu queria levar ela para sair amanhã, mas ela me disse que seu pai vai receber alguém em casa, e pediu para que ela ficasse. Ela até disse que poderia ser hoje, mas hoje ela vai trabalhar, os sábados ela trabalha o dia todo. Então sugeri que descansasse assim que voltasse do trabalho, e que a levaria para sair na próxima semana.

Então não me resta mais nada, a não ser ficar no meu quarto solitário, esperando uma mensagem dela, e encarando o teto sem vontade de fazer nada.

Apesar de ter uma pilha de trabalhos de casa para fazer, prefiro procrastinar até ao último momento, mesmo estando quase perto da semana de avaliações, os cadernos não parecem tão atrativos no momento.

A televisão também não, já terminei todas as séries que estava assistindo e nada me parece interessante agora. Meu videogame não tem nada de novo.

Estou condenado a viver no aborrecimento, em um sábado. Eu mereço.

Então não me resta mais nada a não ser comer. Depois de longas treze horas de sono e duas horas de reflexão, me levanto do meu colchão, caminhando até a minha suite.

Tomo um banho quente e demorado, sentindo a água quente relaxar todos os meus músculos tensos. Após o banho, lavo os dentes e penteio o cabelo, na verdade faço com que fique bagunçado, como eu gosto.

Saio da suite, a caminho do closet e escolho uma calça moletom preta e uma camiseta azul com estampa do Tupac. Vestido e decente, pego meu celular, caminhando para fora do meu quarto.

Desço as escadas, percebendo o silêncio da casa, a sala de estar está vazia, e na cozinha apenas Abby, nos seus dotes culinários preparando o almoço.

— Bom dia! — dou um abraço de lado a minha irmã gémea que me empurra com a colher de pau.

— Boa tarde, urso! Estava em hibernação? — Abby ironiza.

— Haha, que engraçada. Eu treino todos os dias, às seis e meia. Estava cansado! — abro a geladeira, encontrando um prato com três pedaços de pizza, e um prato com a última fatia de lasanha do jantar de ontem.

Levo os dois pratos aquecendo no microondas, e quando aquecem me sento na bancada da cozinha, com um copo de coca-cola, comendo meu "pequeno-almoço".

— Eu também treino, sabia? Ou pensa que ser líder de torcida é fácil? — minha irmã coloca a mão na cintura, dramatizando. 

— Seus treinos são três vezes por semana. Não conta! — digo com a boca cheia.

— Engole primeiro, depois responde. — ela revira os olhos. — Segundo, eu estou numa equipe cuja capitã é Dalila Yonk, não é fácil aturar a garota. E terceiro, para um atleta, sua alimentação é duvidosa.

A Culpa Do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora