C H A P T E R IX

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Andrew Martins

Vi a garota com pele de chocolate caminhar para fora do refeitório, com passos firmes e sua saia balançando a cada passo que ela dava. O que Luana acaba de me dizer me deixou intrigado.

Não gosto que me afrontem, nem que falem da forma que ela falou comigo, mas ela disse que andam espalhando pela escola que eu havia trepado com ela.

Parei como um idiota, da mesma forma que ela havia me deixado. Ainda estava atordoado com essa notícia. Então olhei para Brooke, minha prima é bem fofoqueira, ela viu Luana e eu atrás da porta em casa de Matthew, ela pode ter dito para alguém e a pessoa pode ter contorcido a história.

— Não me olha assim, eu não fiz nada. — Brooke levantou suas mãos em sinal de rendição. — Eu sou falei aquilo a Dalila para irritar ela, mas essa outra mentira não fui eu, e eu ouvi a semana toda.

— Por quê raios, eu não sei disso?! — esbravejei irritado, não ouvi nada disso e olha que é a meu respeito.

— Não sei, mas ela tem razão de duvidar de você, Drew. Você tem sido um completo babaca com ela desde que ela colocou o pé nessa escola. — Quem diz desta vez é minha irmã, que está olhando para sua unha postiça despreocupada.

— Você lá sabe, Abigail! — bufei sentado de novo do seu lado.

Continuei no refeitório até ao fim das aulas, perdi a vontade de assistir às restantes aulas, depois que eu, Abby e Brooke fomos expulsos da aula de Física por iniciar um briga com Bruce Yale e sua escumalha de trogloditas, e por isso fomos parar ao refeitório. Problemas dos Martins. O sinal tocou anunciando o fim das aulas.

Sai caminhando acompanhado de Abby  até aos nossos carros estacionados no estacionamento coberto da escola.
Abby não parava de tagarelar sobre o garoto da sua aula de saúde, e eu fingia que ouvia cada palavra que ela dizia.

Entro no meu Jeep deixando Abby para trás que entra também em seu carro.

Dirijo até casa, enquanto escuto música alta pelo rádio, deixando todos os meus pensamentos de lado por um momento. A música me acalma, me faz relaxar e esquecer o turbilhão de coisas que eu carrego em mim, e é muita porcaria.

Depois de dirigir chegamos a nossa casa, os portões são abertos e deixamos nossos carros na garagem de casa. Desço do carro, jogando minha mochila nos ombros e trancando o meu carro com o botão da chave. Entramos na casa pela porta dos fundos, saindo na cozinha.

— Boa tarde! — digo para o meu pai que está atento no seu notebook enquanto toma uma xícara de café preto. Está vestido com um terno azul escuro e sua gravata em um perfeito nó tão apertada no pescoço que me pergunto se ele está mesmo respirando. Sua expressão é séria enquanto ele encara o ecrã do aparelho que ele segura. Seu cabelo negro está penteado para trás perfeitamente e seus olhos verdes e gélidos vagam pelas linhas do artigo que ele está lendo, o velho e frio Edward Martins.

— Boa tarde. — ele responde sem olhar para mim.

Abro a geladeira levando uma lata de refrigerante e abrindo tomando o conteúdo gelado. Melhor que água, mas não tão bom quanto um belo copo de uísque escocês com duas pedras de gelo.

Abby entra logo a seguir indo abraçar meu pai que a corresponde, tirando toda a carranca de antes.

— Minha menina! — meu pai abraça ela depositando depois um beijo sua testa.

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