Rodolffo via o caminhar de Juliette com admiração. Ele era um homem vivido e experiente, já não era qualquer mulher que lhe chamava atenção, mas a Chefe fez seus olhos percorrem o corpo curvilíneo dela.
Ele pousou a lata de energético na bancada do bar quando ela se aproximou.
- Oi. - ela disse com um ar de riso nos lábios e Rodolffo mirou sua boca carnuda na hora.
- Oi. - ele disse a estendendo a mão e ela apertou e fez um contato visual mais demorado.
- Você sabe quem eu sou?
- Na verdade eu imagino quem seja... - Rodolffo tentava manter a frieza peculiar de sua profissão.
- Eu sou quem você imagina. E esse baile hoje é em sua homenagem e aí seu excelente trabalho nos últimos meses.
Rodolffo sabia que ela era geniosa.
- Agradecido Chefe. Mas estou aqui para ajudar, esse é o meu objetivo.
- Tem algum compromisso para agora?
- Não.
- Então me siga. Preciso conversar a sós contigo.
A ideia não agradou muito Rodolffo, imaginou que ela iria inventar outra coisa grandiosa, mas não negou.
Junto com os quatro homens eles subiram, ao que Rodolffo julgou ser um quarto com multiplas funcionalidades. Dentro dele, tinham armas, dinheiro, drogas. Mas também um frigobar, uma TV, uma cama e um banheiro.
Os homens foram dispensados e Cobra saiu dali furioso. Juliette trancou a porta e acionou um portão de segurança que os protegia de qualquer coisa externa.
- Eu fiz alguma coisa que te desagradou?
- Acha que fez?
- Pelo jeito fiz, estou percebendo que estamos presos aqui.
Rodolffo não teria como se defender, se ela fosse matá-lo.
- Sim, estamos presos, mas é por que eu não quero que ninguém nos ouça ou atrapalhe a nossa conversa.
- Então beleza. Vamos começar. O quê a senhora quer a partir de agora de mim?
- Me diga seu nome... E aceita um whisky?
- Piruca e eu aceito.
- Eu quero o seu nome e não o apelido. - ela disse colocando a bebida num copo e adicionando gelo.
- Mas aqui ninguém sabe o meu nome.
- Não quero te chamar Piruca sem saber o seu nome.
- Rodolffo... Esse é o meu nome.
- Juliette, esse é o meu nome. - ela disse virando o whisky em seguida.
Sua língua umedeceu os seus lábios e Rodolffo sentiu desejos por ela.
Rodolffo não bebeu o whisky, mas também não se afastou dela.
- Qual é a pauta de hoje? Beber e me seduzir não deve ser o seu objetivo.
- Quero que curta a festa comigo. Dance comigo. - ela tocou na barba de Rodolffo. - Faça em mim a melhor dança que um homem faz em uma mulher.
- Tá falando sério ou isso é um teste? Por que eu não perto play sem brincar.
Rodolffo colou seu corpo no de Juliette e ele sentiu as pernas tremerem. Com a voz um pouco trêmula e se segurando para conter a emoção, ela disse:
- Play.
- Puta que pariu. Eu tô ferrado.
Ele beijou Juliette com um desejo insaciável. E quando sentiu-se muito quente, foi logo tirando a camiseta. Ela viu o peitoral definido de Rodolffo e suspirou.
- Se quer isso mesmo, pode me ajudar a tirar a sua roupinha também. Eu não sou daqueles que transam com roupa.
Juliette não tinha muita ação, mas ele não estava se importando muito.
- Eu já entendi. Você gosta que tirem a sua roupa... Isso é realmente bom para a mulher.
Enquanto ele abria o zíper do vestido, beijava o ombro e pescoço de Juliette.
- Você é linda. - ele disse enquanto a via numa minúscula calcinha preta.
Logo ele também estava nu e ergueu Juliette do chão. Suas mãos colocaram as pernas dela na altura da sua cintura e a colocou grudada na parede.
Quando ela pensou que seria beijada, Rodolffo baixou a cabeça e abocanhou um dos seus seios. Juliette gemeu com aquilo e puxou seu cabelo. Logo ele a levou para a cama e seus dedos tocaram a intimidade dela.
- Quer parar? Parece que não está funcionando.
- Hã? - ela disse confusa.
- Você não está gostando? É isso?
- Tô sim. Eu juro que tô. - ela disse segurando no seu braço. - Não pare.
- Onde eu acho camisinha?
- Não tenho.
- Não devemos continuar. Isso é uma loucura.
- Eu te escolhi. Não faz isso comigo.
Juliette encheu os olhos de lágrimas e Rodolffo a beijou. Dessa vez de uma forma mais lenta e seus dedos acariciaram o clitóris dela na tentativa de uma maior estimulação, mas ainda não aconteceu.
- Pede, eu faço o quê você quiser. Se estamos fazendo isso, temos que sentir prazer.
- Eu quero você em mim. - Juliette disse enquanto buscava a boca dele.
Rodolffo a beijou novamente e se posicionou na sua intimidade, mas ao perceber a dor em Juliette entendeu tudo e quis desistir.
- Eu quero! Eu quero! - ela disse gemendo e ele fez força rompendo a última barreira que ainda existia entre eles.
Depois disso os minutos correram rápido e Rodolffo se sentiu muito estranho com tudo aquilo que tinha acontecido.
- Por que resolveu fazer isso comigo? - ele disse depois de um grande silêncio.
Juliette ficou olhando para ele e a ansiedade pela resposta era enorme. O remorso nele também estava enorme a essa altura.
...
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Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?